
Prazeres

da areia a jogar às escondidas com os pés
e do vento nas suas divagações pelo cabelo.
Gosto de mergulhar no borbulhar da água fresca no pico do Verão,
de sentir o aroma da terra molhada pela chuva,
do arrebatamento quando no corpo espreita esse magnetismo irresistível.
Gosto daquela vontade de ler um livro num sorvo,
de me estatelar na cama quando estou cansada,
do sabor de um cozinhado delicioso,
da sensação de missão cumprida depois do esforço.
Gosto de uma gargalhada alegre,
de um abraço ou palavra sinceros,
de perder o olhar na imensidão do mar.
Gosto de falar para quem gosta de ouvir,
de ouvir quando querem partilhar,
de oferecer a quem apreciar.
Mas de tudo o que me dá prazer,
a única coisa que adoro ... és tu.
Ainda sobre a eleição deste fim de semana

Entusiasmada com a ideia, e antes de me despedir do meu actual parceiro de 4 rodas, preparei-me o deixar impecável: limpo, aprumado e com o check up efectuado.
E eis quando me dizem da marca que "Isso na melhor das hipóteses só lá para dia 26!"
Daqui a 21 dias? Será possível? Lembro-me de me resolverem a questão no dia... Por este andar, daqui a pouco estamos a ter listas de espera como no Serviço Nacional de Saúde para pequenas cirurgias.
Já para lá




Frase do Dia
Madrid



(Parque Retiro - O pulmão de Madrid para os mais velhos e o mundo encantado para os mais pequenos)
Mas a fascinante cidade brinda-nos com gente bonita, sorrisos fáceis, bares cosmopolitas, cultura e arte a la carte, espaços verdes, esplanadas de porta em porta, gente nas ruas 24h por dia, lojas porta sim porta não e um calor seco enebriante.

(Hotel Urban Madrid - a decoração e um terraço com bar e piscina no topo do Hotel fazem do local um dos mais trendy da cidade)

Amesterdão
As ruas contorcem-se num burburinho de cores e formas de gente de origens e línguas diferentes que enche as ruas onde se cruzam electricos e bicicletas num movimento de constante devir.
As montras de vidro abertas nas fachadas das casas do red light district apinham-se de mulheres semidespidas de todas as origens e de homens disfarçados de mulher. As sex shops e os cine shops dão o mote.
As casas altas e estreitas plantadas inclinam-se erguem-se flutuando sobre os canais onde passam barcos largos que parecem baixar-se com reverência por baixo das pequenas pontes.
Enquanto a cidade exala "sex and drugs", o resto da Holanda parece um quadro bucólico, sarapintado por tulipas coloridas e moinhos de vento.
Aqui ficam algumas fotos da famosa sin city:
(Barcos turisticos num canal)
(Mercado de flores)
Ola da Holanda
You got to love... yourself!

Mas, um dia compreendi que era essa serenidade que eu parecia não alcançar que me atormentava e não as pessoas ou os e-mails, e que ganhava mais em aprender com boas histórias de vida, do que em sentir-me melhorzinha por ter uma vida mais afortunada que a dos desgraçados que teimam em contar como tudo vai de mal a pior.
O texto abaixo é baseado num texto de Charles Chaplin que me chegou via e-mail. As frases podem parecer lugares comuns à primeira vista, mas para mim são verdades pessoais.
Aqui o dedico a uma amiga de quem gosto muito e que não descortina o sol por detrás das nuvens neste momento.
“Com o tempo...
- parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
- compreendi que a minha angústia, não passa de um sinal de que estou a ir contra as minhas verdades.
- percebi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E, então, pude relaxar.
- comecei a livrar-me de tudo que não fosse saudável ...Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. - deixei de temer o meu tempo livre e desisti de tentar fazer planos para os outros. Hoje decido fazer o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
- desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o Futuro. Agora, mantenho-me no presente, que é onde a vida acontece.
De início, a minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... Auto-estima. Autenticidade. Amadurecimento. Amor-próprio. Simplicidade. Plenitude.
E tudo isto aconteceu ...Quando me amei de verdade.”
Home bittersweet home

Iniciar o processo de compra de uma casa é uma aventura. E não me refiro às papeladas e estopadas que nos fazem pensar se não estariamos bem quietinhos e sossegadinhos onde estávamos. Refiro-me à aventura anterior: depois de devidamente idealizada a casa que desejamos, parte-se à descoberta do que há disponível no mercado de acordo com o valor que estariamos dispostos a pagar... A aventura é chegar a um concenso. No final ou baixam as nossas expectativas ou aumenta o preço a pagar.
Apartamentos a estrear de preços puxados, com quartos onde mal cabe uma cama e com halls enormes; casas de banho em frente a portas da entrada; banheiras de hidromassagem que se usam uma vez para experimentar e jura-se para nunca mais; salas com tectos trabalhados onde reina a falta de gosto... um sem número de erros e pormenores gritantes que me iam fazendo questionar se serão os construtores a desenhar as casas.
Será que ainda ninguem se lembrou de vender uma casa sem extras? Vendiam o espaço, com as paredes, canalizações, tubagens e pré-instalações, mas sem portas e janelas, sem casas de banho, nem cozinhas montadas. Sem coisas com que tenho que levar lá porque comprei aquele andar esquerdo ou direito. Se até os carros de fábrica já são personalizáveis... quando é que isso chega aos apartamentos prontos para venda com possibilidade de personalização em após-venda em vez de vir com tudo de série?
Com o preço base da casa mais baixo as vendas potencialmente disparavam. Tudo o resto seria serviço prestado (desde equipamento a acabamentos):
- “Quer uma estante na box da garagem? Concerteza. Escolha o modelo, o numero de prateleiras, a cor e a dimensão e o preço máximo que estaria disposto a pagar, colocaremos dentro de 2 semanas”.
- “Quer duas riscas na parede em azul? Concerteza. Escolha por favor o pantone e os efeitos do nosso catálogo ou envie-nos o seu desenho”.
- “Viu um móvel de cozinha no IKEA e quer que verifiquemos os módulos a adaptar e o montemos?...”
- “Quer deitar uma parede a baixo e fazer só um quarto do T2?...”
- “Ah o seu vizinho encomendou uma porta de entrada à prova de som e quer uma porta blindada à prova de fogo...?” etc...
Feitas as contas, os construtores tinham mais trabalho (ou seja, tinham que ter vendedores como deve de ser e quem fizesse a gestão das encomendas e da instalação a pedido), mas acabavam por até poder ganhar mais no final com um serviço à medida e um cliente muito mais satisfeito.
Pergunto-me... Não há uma visão periférica do negócio? Ou serei apenas mais uma idealista?
Auto-avaliação
Desafio

Se eu fosse uma pedra, seria: A pedra filosofal
Se eu fosse uma fruta, seria: Uma amora silvestre
Se eu fosse uma flor, seria: Uma orquídea
Se eu fosse um clima, seria: Temperado
Se eu fosse um instrumento, seria: Um tambor...ou um violino
Se eu fosse uma cor, seria: Branco
Se eu fosse um som, seria: O riso de uma criança ou um assobio
Se eu fosse uma musica, seria: De dança
Se eu fosse um sentimento, seria: O Amor
Se eu fosse um livro, seria: Um Romance, tipo Orgulho e Preconceito
Se eu fosse uma comida, seria: Leve e saborosa
Se eu fosse uma forma seria: Uma nuvem ou um iceberg
Se eu fosse uma estação, seria: Outono
E TU O QUE SERIAS ?
Texto do dia

Poema do dia

caminante, no hay camino, se hace camino al andar.
Frase do Dia
Notícia choque desta manhã:
“MADRID (Reuters) - Rebeldes bascos da ETA vão encerrar um cessar-fogo com o governo espanhol até 6 de Junho, informou o grupo separatista armado num comunicado divulgado no jornal basco Berria."As condições mínimas para continuar o processo de negociação não existem", diz a ETA, acrescentando que o governo do primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero respondeu a esse cessar-fogo "com prisões, tortura e perseguição". A ETA declarou um cessar-fogo em Março de 2006 e insistiu que o respeitou, apesar da morte de duas pessoas num atentado a bomba no aeroporto de Madrid no final de Dezembro.”
Ora vamos ver se entendi: A ETA declarou sessar fogo em Março. Em Dezembro rebentou com o terminal do aeroporto de Barajas e matou duas pessoas deixando uma data delas feridas por altura do Natal. Agora diz que terminou o sessar fogo? E o atentado de Dezembro foi o quê? Um treino? Um descuido? Uma celebração das festividades Natalicias? Queixam-se de prisões e perseguição? Bem coitadinhos, eles até nem tencionam fazer mal a ninguem... de facto não se compreende!!
Chegados ao Verão, há mais turistas e gente nos aeroportos e nos metros e aquelas mentes inquietas anseiam por uma diversão. Pois, afinal, já há uns meses que isto está uma calmaria e não há sangue, pânico e notícias na TV.
O País Basco até já desfruta de uma autonomia considerável dentro de Espanha, mas o que tem piada mesmo é matar mais gente, já que 800 pessoas mortas em quatro décadas de luta armada não se compara ao alcançado pelos colegas islâmicos donos da verdade religiosa.
... Se por um lado a nossa imensidão humana é admirável, por outro fico estarrecidamente assombrada com tamanha estupidez!
"Lua adversa" de Cecília Meireles
Sonhar, mudar, conquistar... ser!

Hoje fui assistir a uma palestra-"coaching" dada pelas Flying Fish Productions. No fundo a aprendizagem baseia-se na história de uma pequena peixaria em Seattle (Washington) que mudou a sua forma de estar no mercado e no mundo ao mudar a forma de gestão, dando aos seus empregados a possibilidade de reinventar e inspirar o seu trabalho e comprometendo-os com objectivos comuns. A pequena peixaria acabou por se diferenciar sobretudo pelo envolvimento que dava a todos os que os visitavam.
Aquele conjunto de homens, pegava ao trabalho todos os dias às 6h30 da manhã, era um trabalho duro e monótono e eles conseguiram torná-lo em algo divertido e contagiante.
Os 4 passos para o conseguirem são simples:
1 - Play/Have fun. 2 - Be there. (Estar com as pessoas de verdade, dar-lhes atenção) 3 - Chose your attitude. 4 - Make their day (Dar uma experiência marcante para os clientes, mesmo que seja com um sorriso).
A experiência de ver peixes a voar e vendedores de peixe a meter-se com as pessoas que passavam tornou-se um Case Study. Foram filmados e entrevistados e começaram a dar formação às grandes empresas sobre motivação, liderança e vendas, o sucesso foi tal que o negócio vale neste momento 6 x mais (não houve expansão porque não era objectivo do pequeno empresário John Yokoyama que quer manter o negócio pequeno e quase familiar) e hoje em dia alguns dos seus elementos viajam pelo mundo inteiro a dar formação sobre como criar um espaço de trabalho vital e energizado.
É interessante como o orador James Berquist (de uma consultora que baseia a sua actividade em "transformational consulting" e incentivou a grande mudança na pequena peixaria à beira da falência) nos dizia que tudo começou com um sonho: Para onde queremos ir? O que gostávamos de fazer? - perguntou-se a todos numa reunião, e um dos elementos disse: "Ser famoso mundialmente". Parecia absurdo e todos se riram. Mas a verdade é que abraçaram a ideia sem saberem muito bem como o fazer e hoje em dia o Pike Place Fish Market em Seattle é até objecto de romarias.
Houve frases chave que retive e que se resumem nisto: "People are used to act in some way and think automatically in some way. Think outside the box." "Our past doesn't determine what we are. What determines what we are is the powerful future we can create." "Be commited to the future you create, based in what inspires you. If you don't determine that, you'll have the same you've got already".
Mas de tudo, o que mais achei interessante foi a frase que James Berquist leu, proferida por Nelson Mandela no discurso da tomada de posse em 1994, pertencente a Marianne Williamson do livro "Return To Love: Reflections on the Principles of A Course in Miracles.":
“Our deepest fear is not that we are inadequate. Our deepest fear is that we are powerful beyond measure. It is our light, not our darkness that most frightens us. We ask ourselves, Who am I to be brilliant, gorgeous, talented, fabulous? Actually, who are you not to be? You are a child of God. Your playing small does not serve the world. There is nothing enlightened about shrinking so that other people won't feel insecure around you. We are all meant to shine, as children do. We were born to make manifest the glory of God that is within us. It's not just in some of us; it's in everyone. And as we let our own light shine, we unconsciously give other people permission to do the same. As we are liberated from our own fear, our presence automatically liberates others.”
Muito interessante. Don't you think?
http://www.pikeplacefish.com/
Supliciozinho

O ambiente está divertido, estou muito bem disposta a rir e a conversar, e pronto! Vem de lá uma máquina fotográfica... e com ela entra aquele tipo de música que antecede uma desgraça qualquer nos filmes.
Apontam-ma, e é como se me apontassem uma arma assassina. As minhas feições parecem mudar para plástico duro. As pessoas ajeitam-se, e no tempo que demora até premirem o gatilho a minha vontade de estar ali vai-se esvaindo pelo chão.
Mas num esforço pelas pessoas com quem estou e de quem gosto, racionalizo a coisa e negoceio comigo mesma: “Bah vai ser indolor e se não gostar apago. E é giro ficar com registos das coisas para mais tarde recordar... Na verdade até há fotos de que gosto bastante, são raras é certo, mas existem!”
E com isto lá relaxo e tento viver o momento sem fazer as cenas que comecei a fazer aí a partir dos 12 anos em que chorava e batia o pé irritada quando me queriam obrigar a tirar fotos.
O desenrolar dos acontecimentos na altura passava pela família a chamar-me tonta (ou pior) e a gozar com a minha atitude, comigo a ficar com vontade que viesse uma nave espacial e os levasse a todos e no final comigo a fugir para o meu quarto, qual bichinho do mato, sentindo-me uma incompreendida.
Depois lá me recompunha do desaforo a que me tinham sujeitado e quando as fotos eram reveladas e guardadas, desapareciam em ficheiros pouco secretos, acabando mafiosamente em pedacinhos dentro de um saco do lixo qualquer.
Analisando bem as coisas, consigo rir-me de mim própria em praticamente tudo na vida mas o espírito critico apodera-se de mim quando toca a fotos e são poucas as que gosto de exibir.
Considero ter uma auto-estima bastante saudável, mas quando dou de caras com fotos minhas com a pele mais branca que a cal, os poros da pele visiveis ou a juba desgrenhada é um supliciozinho. Nego ser aquele frame de pessoa colada numa película sem movimento. É uma sensação idêntica a ouvirmos a nossa voz gravada e não a reconhecermos porque a ouvimos "de dentro".
Há uma teoria oriental que defende que tirar uma foto é roubar a alma e há zonas onde é um grande desrespeito tirar fotografias. (Eles é que sabem!!)
Pior ainda é quando quero passar despercebida e fazem grande alarido. É como fazer uma pessoa tímida estar no centro de um palco com os focos todos apontados para ela, como fazer uma pessoa que tem horror a aranhas fica numa sala cheia delas, como obrigar quem tem fobia de espaços fechados a ficar confinado a um lugar pequeno, abafado e sem luz,... acho que já deu para perceber a ideia.
Quando mostraram a toda a gente no escritório as fotos do casamento a que fui com alguns colegas este fim de semana e eu me sentio alvo favorito, vi-me exposta e fiquei envergonhada. Se eles soubessem como me sinto de certeza que achariam que era exagero da minha parte mas é assim, toda a gente tem paranóias, a minha grande paranóia são as fotos. Podia-me dar para pior.
Passeio ao Oásis Alcochete

A primeira paragem será na Área de Serviço da Margem Sul, onde os nossos experientes motoristas necessitam baixar a pressão dos pneus, necessária à circulação nas dunas.
O trajecto até ao Oásis, onde serão servidos carapaus assados e enguias do Tejo, poderá ser feito, por escolha e conveniência dos participantes, quer continuando na caravana de jipes ou em dromedário (uma só bossa), o que torna a aventura muito mais excitante, pois tirando os beduínos tratadores e a areia, os participantes não encontrarão: "pessoas, escolas, hospitais, hotéis, indústria ou comércio"!
Reunidos os participantes será servido o almoço, em tendas, com pratos tradicionais do Oásis Alcochete. À tarde, a seguir ao pôr-do-sol no deserto - espectáculo sempre deslumbrante - será servido um chá de menta, após o que, a caravana regressa nos jipes, com paragem na área de Serviço da Ponte Vasco da Gama, para reposição da pressão dos pneus.
ALERTA: O tempo urge. Segundo as sábias e oportunas declarações do Dr. Almeida Santos, M. I. Presidente do PS as pontes são alvos dos terroristas pois podem ser dinamitadas a qualquer momento, pelo que não se devem construir novas devemos aproveitar as que temos, enquanto estão de pé.
Conto convosco para esta inesquecível aventura ao Deserto a Sul do Tejo!
MUITA ATENÇÃO: A cada participante será exigida uma declaração por escrito onde se comprometem, durante toda a aventura, a não referir qualquer das seguintes palavras: diploma, curso, Independente, engenheiro, fax e inglês técnico.
Com um abraço."
Tinha que partilhar esta sátira. Uma pessoa já não pode usar uma figura de estilo que é logo isto. :)

