Há dias assim


Teoria do espirro e outras teorias.

Advertência: depois de ler isto nunca mais se volta a ver certas coisas de forma mundana e banal.

Tenho um colega que tem uma teoria interessante sobre o acto de espirrar e de comer.
Diz ele que a forma como espirramos e como comemos é reveladora da forma como temos orgasmos. Pois é… no caso dos espirros há os contidos, os múltiplos (!?), os indecisos, os ruidosos, os silenciosos, os que levam tudo à frente…
O mais divertido é que ele faz estas declarações de cariz freudiano sem sombra de riso e com uma convicção natural (provavelmente rindo por dentro das nossas caras de pasmo).
Mestria dos gozadores, ou verdadeira crença? Não sei, mas desconfio. Só sei que passei a acrescentar um infantil ihihihihih a cada “Saúde” ou “Santinho” que digo. E... passei também a tentar estar à mesa com mais calma!

Momento Publicitário

Enquanto as minhas amigas eram fãs de boys band, do Brad Pitt, de Levis e de All Stars eu era fã de anúncios. Devorava os blocos publicitários e os vídeo clips musicais que passavam num dos dois canais existentes.
Depois dedicava-me a criar os meus próprios anúncios, como uma verdadeira copywriter/ realizadora, com olhares e falas estudadas, só não gritava “Acção” no final…mas pouco faltava!
Alguns desses anúncios da época marcaram-me para sempre num arrepio de pele (que era como eu decidia se o spot era bom ou mau. Ainda hoje decido assim).
Quem não se lembra do spot da “Gilette” com o jingle “o melhor para o homem”, onde caminhavam decididos homens aprumados de farda (hum hum!) e o da “Coca Cola” com a “sensação de viver” que nos deixava com uma vontade enorme de viver, fosse isso o que fosse.
Hoje em dia os anúncios são mais do mesmo. Espelham obviamente muito mais do que as nossas necessidades básicas, explorando ambições e receios ocultos, mas, talvez dada a quantidade com que somos bombardeados, não são tão marcantes, tão inovadores.
E depois temos que escolher entre o anuncio que tem piada mas não é bom a “vender”, em que nos lembramos do anúncio mas não recordamos a marca, e os que nos recordam a marca até à exaustão mas que não são de todo um momento artístico (como os anúncios de detergentes por ex.).
Tudo bem, a arte sempre foi uma forma de comunicação, mas nem toda a comunicação é arte. Aceito.
Passam neste momento na TV dois anúncios, que não sendo nada de fabulosamente produzido me fazem sorrir, numa garantia de que as coisas mais simples são muitas vezes as melhores:
- O primeiro, mais óbvio porque tenho gatos e gosto deles, “o bla bla bla Whiskas saquetas”. É que os felinos de trazer por casa são mesmo assim! Achamos nós que estão interessados no nosso “parlapier”? Pois sim. Depois de levarem a comidinha (confesso que aquilo tem tão bom ar que até já me apeteceu experimentar) não querem saber de mais bla bla bla mas sim de uma boa sesta. Diferentes dos humanos?
- O segundo é o das bolachas Oreo, com os dois miúdos, em que o mais novo tenta imitar o mais velho e depois de muita paciência e várias tentativas, segue a máxima “quando Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé” soltando um vitorioso “Aha”!. Delicioso!

PS: Não. Nenhuma das marcas acima referidas patrocina este blog… mas aí está uma ideia!

Filosofia...

Feira de vaidades mas também de reconhecimentos

Este ano, sem Billy Crystal a apresentar, as estatuetas premiaram sobretudo Scorsese, com quatro Óscares para "Entre Inimigos", uma aclamação esperada e justa.

Óscares 2007: Os vencedores
Filme: The Departed (Entre Inimigos)
Realização: Martin Scorsese, em The Departed (Entre Inimigos)
Actor: Forest Whitaker, em The Last King of Scotland (O Último Rei da Escócia)
Actriz: Helen Mirren, em The Queen (A Rainha)
Actor Secundário: Alan Arkin, em Little Miss Sunshine (Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos)
Actriz Secundária: Jennifer Hudson, em Dreamgirls
Filme Estrangeiro: Das Leben der Anderen (As Vidas dos Outros), Alemanha
Argumento Original: Little Miss Sunshine (Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos)
Argumento Adaptado: The Departed (Entre Inimigos)
Fotografia: El Laberinto del Fauno (O Labirinto de Fauno)
Montagem: The Departed (Entre Inimigos)
Direcção Artística: El Laberinto del Fauno (O Labirinto do Fauno)
Guarda-Roupa: Marie Antoinette
Orquestração: Babel
Canção: "I Need To Wake Up", Melissa Etheridge, em An Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente)
Caracterização: El Laberinto del Fauno (O Labirinto do Fauno)
Som: Dreamgirls
Montagem de Som: Letters from Iwo Jima (Cartas de Iwo Jima)
Efeitos Especiais: Pirates Of The Caribbean: Dead Man’s Chest (Piratas das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto)
Filme de Animação: Happy Feet
Documentário: An Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente)
Curta-Metragem de Animação: The Danish Poet
Curta-Metragem: West Bank Story
Curta-Metragem Documental: The Blood Of Yingzhou District
Óscar Honorário: Ennio Morricone

Resultado: há uma data de filmes que tenho que alugar.

E agora... sai um Óscar para quem tem que trabalhar hoje!

Sempre me disseram que era feio lamber a tampa do iogurte...

“A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz!
A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?
Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você.
Ignore o que o boçal do seu chefe disse.
Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice.
Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho para tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
hahahahahahahahaha!... Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor ideia de como preencher as horas livres de um fim de semana?
Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas.
E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar.
Eu não quero alguém assim comigo. Você quer?
Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva.
Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.
Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!”
Arnaldo Jabor

Às vezes acontece-me...

Costuma-se dizer que o mais cego é quem não quer ver.

Paixão vinda do nada


Já lhes aconteceu terem uma paixão vinda do nada? Sim, claro. Dirão que todas as paixões vêm do nada pois claro, mas não do nada nada covenhamos!
Já viram uma borboleta nascer do nada? Não, claro. Primeiro são uma coisinha sem graça, um pequeno casulo, um novelo de fios e só depois um colorido espécime voador.
Assim são regra geral as paixões, elas começam em algum momento a mexer connosco. Começam como mera atenção, depois como interesse, depois como interesse redobrado, viram fascínio e depois de devidamente alimentadas transformam-se em paixão.
Mas não foi assim com a minha paixão por África. A minha paixão por este País veio do nada. Já tinha visto filmes e nada. Já tinha ouvido falar das suas cores, sons e sabores fortes e nada. Violência e brutalidade, pobreza e fome, doenças e bicharada, devolviam-me medo e distância.
E um dia, sem aviso prévio, imaginei-me lá. A viver os batuques dos tambores, a abraçar a miséria com amor, a construir com as minhas mãos, a perder a vista na imensidão do lugar, a suplantar os receios e a sentir o pulsar da terra. Como se aquele fosse dos lugares mais autênticos e reais à face da terra.
Coisa estranha esta que me deu. Não sei se conseguiria transformar essa paixão em amor. Mas a verdade é que para saber se essa paixão vai morrer ou crescer, vou ter que ir lá. Um dia.

Vida na Cidade (ou a desconfiança das pessoas)

Estava cansada mas bem disposta.
O dia tinha corrido bem e estava de bem com o mundo.
Como os lugares no pequeno espaço da C. das Sandes das Amoreiras eram escassos, não vi problema em perguntar a um Senhor se me podia sentar ali ao pé dele.
Ele acedeu que sim com a cabeça. Eu sorri, agradeci e sentei-me. Preparava-me para começar a comer quando notei que ele olhava para todos os lados desconfiado.
- Algum problema? – perguntei.
- Estou a ver se encontro a câmara! - explicou.

Uma imagem vale mais que 3 palavras

Tenho uma amiga que perguntava indignada o que significava a expressão "Até fazer patanisca!", usada num spot de rádio da PT Comunicações.
Em resposta, aqui fica a imagem alusiva enviada por um amigo para explicar a expressão...

...Ficou toda a gente esclarecida?
Ah bem!

Hoje está dificil...

Carnaval

Esquece-se o frio e teima-se em colocar a banhinha mal amanhada de fora, os homens seguem o seu maior fetiche e vestem-se de mulher, mas como no Carnaval “ninguém leva a mal” e “quem canta seus males espanta”, a coisa atinge dimensões de “voz do povo” na crítica social, politica, desportiva, económica. Ranchódromos à parte, palhaços e super heróis há muitos. E venham de lá ideias pseudo-culturais para andarmos para aí às piruetas que faz muito bem ao coração e aos músculos.
Pois sim. Mascarei-me de mulher invisível e escapei à depressão nacional, indignada com os concursos de máscaras nas escolas que deixam os miúdos perdedores tristonhos quando lhes trocam a ideia de diversão por competição!

Surpreendente Alvim

"E assim foi, vê-se alguém e dizemos para nós “É aquela, é aquela!” e no mesmo instante em que percebemos que é aquela, é aquela, a figura dela esvanece-se qual vidro embaciado em manhã de Inverno enganoso.

Tu és isso, vidro embaciado sim, outrora vapor, hoje manhã clara, tu és essa manhã em que fumamos à janela na esperança de te percebermos por entre aquela varanda, fixamente aquele estrado de praia, aquela luz que teima em ficar acesa quando todas as outras já se apagaram, tu és essa sim, a música que ouvimos no carro quando caminhamos para casa e nos cruzamos com outros condutores que caminham agora para os mesmos empregos. Liga os máximos para veres melhor, aumenta o volume dessa música para que não adormeças e escuta o que o dia te diz na claridade que te entra. Fecha o vidro, apaga o cigarro, concentra-te nessa estrada que te levará até casa, ouve-me a entrar por esses estores que repousam enganados, abraça-te aos cobertores como se fosse a mim e liga a televisão para que adormeças pensando que sou eu que te dou notícias frescas.
Esfrega os olhos, ajeita-te na cama, olha para esse retrato que insiste em fazer de conta que sou eu, lembra-te das pegadas húmidas que terei deixado naquela vez que entrei pelo quarto vindo do banho, remexendo as gavetas na esperança de que tu não acordes e denunciasses a minha presença. Dorme, não acordes ainda, deixa cá ver se fecho a porta de leve para só acordar os vizinhos. Bom dia como está?! - direi ao primeiro, Está um frio que não se aguenta - enquanto desço! - é mais um dia de trabalho! Que o que importa é saúde e até mais logo. Fecho a porta da entrada agora com força e sei que estarás por detrás da janela a adivinhares os meus passos. Ora o sinal do alarme - tic, tic – ora a porta a fechar – catapum – ora o motor que finge agora fazer-se morto apenas e só para o prazer da reanimação. A chave na ignição como se fosse uma bomba respiratória, tolhendo a boca do motor – brum brum – tentando outra vez – vrum vrum –nem um sinal de vida, mas já sem pronúncia do norte – vrum vrum e vamos a isto.
É de manhã, o trânsito é o que se sabe, parado nos semáforos apitam-me – smick smick! – no preciso instante em que muda a cor. Olho para o retrovisor e vejo-te a ti no meio de um autocarro cheio de pessoas exactamente iguais, iguais a ti. O motorista - olá como vai? – a senhora que se pendura a um dos ferros agarrando com muita força a mala que transporta - sou eu , sou eu dizes! – aquele miúdo , aquela mulher, aquele senhor, ticket ticket! – dizes brincando aos revisores – e de repente, uma paragem onde todos saem humilhando as outras saídas que esperavam ainda recebê-los.
Eis-me no carro a esta hora, a mesma música que ouviras no caminho para casa, o mesmo vidro embaciado, a mesma seiva que escorre agora por este vidro plano, o mesmo cigarro que apagaste, as mesmas notícias com as quais adormeceras. Eis-me – não finjas! a mesma foto que sabes não ser eu, o mesmo vulto que te trespassa, o mesmo jeito que te afaga e que agora caminha pelo mesma estrada que há pouco percorreras.

Eis-me de regresso a casa, metendo as chaves à porta – bom dia como vai, é a vida , é a vida, tem que ser ser! Tem que ser! – fazendo tudo para que não acordes, entrando devagarinho, devagarinho – shiuu! - não fazendo barulho algum - mesmo sabendo que no quarto onde te imagino, nessa cama que me aguarda, tu nunca estiveste, tal qual o vidro embaciado que agora é manhã clara."
Tinha que partilhar. Simplesmente arrasador! In Blog "Espero Bem que Não"

Inutilidades

http://www.asolutionforyou.com/Parking%20Game/scoregame/Game.htm
O desafio é tirar o carro amarelo da garagem.
Dizem que faz bem aos nervos e à massa cinzenta...: )
Divirtam-se!

Nauticampo

Mais um ano de Nauticampo, na FIL... Apinhada de gente, apinhada de curiosos, apinhada de compradores de sonhos...

Configurações diferentes

"É assim desde que ousamos a fala. Mais cedo e melhor que eles. De argúcia não temos falta, e se nos acusam de arredondarmos o discurso é por sabermos bem demais o que há a dizer e de algum entendimento masculino processar lentamente o óbvio. "
In sempenisneminveja.weblog.com.pt/
E já que hoje estamos numa de testes, descubram se o vosso cérebro é mais masculino ou feminino em http://www.bbc.co.uk/science/humanbody/sex/add_user.shtml

Que cena romântica de um filme é você?

"Você é... a cena da Passagem de Ano em “When Harry Meet Sally”: Para si, a verdadeira declaração de amor deve ser sempre espontânea e não treinada horas a fio ao espelho. O amor deve sempre ter como base uma forte amizade, até para o ensinar a gostar dos defeitos da outra pessoa."
In http://radiocomercial.clix.pt/destaques/quizz/cena_romantica/index.asp

...Ora vejam! Hummm tenho que voltar a alugar este filme.
Sempre achei piada à cena em que ele afirma convicto e muito macho que nenhuma namorada dele fingiu algum dia o orgasmo e ela lhe faz uma demonstração de como é fácil uma simulação... mesmo que seja num café cheio de gente.

Há ainda há outro teste para rir
http://radiocomercial.clix.pt/destaques/quizz/musica_romantica/index.asp
Deu-me: "uma tendência irresistível para amores impossíveis e para perpetuar paixões mantidas em segredo." ...Não achei piada.

Frase do Dia

"Todos temos períodos de poisio, temos que deixar a terra repousar, para semear de novo."
Falava hà uns dias com uma amiga que me dizia que já estava fartinha do Inverno. Fazem falta os dias de sol que nos aquecem a pele e a alma, que nos acariciam os cabelos e nos devolvem energia e prazer no corpo entorpecido pelo frio.
Estou de férias nestes dias. Mas talvez vá conseguindo passar por aqui para fugir ao Carnaval folião e às saudades do sol.
Fica o desejo de um dia viver o verdadeiro furor de Carnaval do Brasil ou o sedutor mistério de um Carnaval de Veneza.

O problema não é teu é meu


Faz uma semana que fui a uma palestra sobre um dos temas que nos marca desde que nascemos e que para mim contínua a ser um poço de desafios e medos: “Os Relacionamentos”.

Ainda ontem se celebrou as relações a dois. Mas tudo na nossa vida são relacionamentos: família, amigos, colegas, conhecidos – bem ou mal, de forma ligada ou desligada, apaixonados ou indiferentes, somos seres relacionais.

Yasmin Espavo, falou-nos ao coração, como sempre fala, pausadamente mas de passos irrequietos, olhando nos olhos e expressando na voz uma sabedoria que vai para além do que se possa aprender sentado numa sala de aula. Para os mais rotuladores, a sua imagem pode ser categorizada como zen: gosta de andar descalça para sentir a ligação com a Mãe Terra e no final de cada conversa oferece a todos uma reverência de respeito e um Xi -Coração virtual desarmante. Fala-nos das coisas da vida com uma transcendência de certa forma desconcertante para quem não acompanhe por outros meios estas questões existenciais.

Yasmin defende que é urgente uma educação emocional e que a crescente procura das áreas de Desenvolvimento Pessoal reflecte essa mesma necessidade.

Pouco do que foi dito é novo e faz muito parte do senso comum, mas é bom relembrar de quando em vez. Aqui fica um resumo do que se falou:

“Costumamos dizer que as crianças são cruéis. As crianças na realidade são verdadeiras. Apontam as diferenças como lhes é ensinado. São cruéis porque não lhes é dito que a diferença é uma coisa boa.

É relacionando-nos que fazemos uma grande aprendizagem sobre a vida e sobretudo sobre nós próprios, na medida em que um relacionamento serve para espelhar o que somos.

Os nossos pais são primeiro agente de educação emocional e social. Eles passam-nos o testemunho de uma série de valores e noções sobre o que está certo e errado e são o nosso primeiro embate nisto dos relacionamentos. É na relação com eles que começamos a perceber o que queremos e o que não queremos ser numa reacção de imitação ou rejeição.

Na nossa sociedade é dada primazia à família em detrimento do indivíduo. A família é cultivada em abnegação do Eu. Queremos que gostem de nós como somos e nos aceitem incondicionalmente mas aprendemos a jogar o jogo do que se espera de nós e esquecemo-nos de sentir o meu “Eu” profundo.

Ao crescermos é-nos feita uma espécie de lavagem cerebral acerca do que é suposto ser um relacionamento. E isso passa de geração em geração.

Nas relações a dois, procuramos o homem ou a mulher ideal. Um Príncipe ou uma Princesa. Talvez alguém sem defeitos; talvez alguém que nos resgate da prisão em que nos sentimos colocados. Projectamos necessidades e desejos e temos uma imagem do que é o ideal: talvez uma mulher alta, esguia, loura, de olhos claros, lindíssima, daquelas que faz gosto ter e que fazem inveja aos nossos amigos; talvez um homem musculado e cuidado e simultaneamente bom marido e bom pai de filhos.

E depois admiramo-nos com a quantidade de depressões manifestas ou escondidas. Mas essa doença nada mais é que uma escapatória, é uma forma do nosso eu nos dizer que já chega de chega de estarmos distantes de nós próprios.

Quando uma relação nos deixa insatisfeitos temos que pensar como fomos lá parar.
As relações espelham como reagimos.
Muitas vezes vemo-nos a lidar com pessoas que nos fazem sempre o mesmo. Quer no trabalho, nas amizades, nas relações a dois e até na família.
E então pensamos: “Tenho é que encontrar outra pessoa, uma pessoa que seja como eu espero/gosto/quero. Alguém como eu.”
Achamos que o outro deve pensar, agir ou sentir como nós. E atiramos para fora um acusador: “Mas porque é que és assim?”
Procuramos e tentamos, mas não encontramos alguém como nós.
1º porque não percebemos que vamos sempre atrair o mesmo tipo de relações, porque é o nosso modo de sentir que tem que mudar
2º porque andamos tão cheios de máscaras que no final atraímos uma máscara também.
E então alguém “compra” a imagem que projectei e como uma máscara não se consegue manter por muito tempo, surpreendemo-nos quando quem comprou quer fazer uma “devolução à loja”, porque se desiludiu (ou seja havia uma ilusão).

Temos uma sociedade competitiva e em que a conquista é a demonstração de poder. A maioria dos adultos têm relações de irritabilidade porque travam lutas de egos e intelectos, através de palavras e acções, em que não as pessoas não se mostram como são para que o outro sinta sempre essa excitação e desejo. Se não respondemos à letra somos apelidados de moles ou idiotas.
Mas se precisamos de provar o nosso ego é sinal de que temos níveis de auto-estima muito baixos. E isso traduz-se normalmente em prepotência e arrogância.

Cada um de nós procura no outro que goste de si como é. Mas como é que isso pode acontecer se somos uma fachada e nem sabemos quem somos?

As relações de hoje pautam-se por aparências: “Ela veste-se bem para mim, quer dizer que gosta de mim”. “Ele traz-me flores, quer dizer que gosta de mim”. Se eles deixam de fazer isto: “Ele/ela já não gosta de mim!”

Quando o que vivemos se vê aquém das nossas expectativas, não falamos sobre o assunto e vamos deixando andar. Vemos o outro como alguém que nos completa e preenche o que nos falta.

É muito fácil fecharmo-nos como o eremita. É mais fácil isolarmo-nos. Mas só uma relação nos “devolve” crescimento e o que sou e quero afinal.

O que importa reter é que produzimos sistematicamente pensamentos, emoções e palavras que têm uma determinada vibração. Vibramos numa determinada frequência e atraímos vibrações idênticas. A isto normalmente chamamos: energia.
Vibramos em carência, em desejo, em aparência, em vitimização, em agressão… E atraímos o nosso oposto do espelho: como vitima atraio o agressor e vice-versa, ou atraio alguém ainda mais vítima que eu.
Quantas pessoas não se sujeitam a violência, sobretudo verbal? Através de um chefe, um colega, um marido ou mulher, um pai, numa demonstração da nossa fraca auto-estima.

Um cientista japonês fez uma experiência com água (que é conhecida por ser um bom condutor) e sujeitou água a palavras faladas e escritas e depois congelou e fotografou os cristais de água. Os resultados forma espantosos. Palavras com cargas de significado positivas davam cristais harmoniosos e belos, palavras com conotações negativas davam cristais desequilibrados e estranhos. Se a vibração contida nas palavras têm este poder na água imaginem em nós!
Produzimos sistematicamente vibrações, pensamentos, imagens. Que nos afectam e fazem vibrar positiva ou negativamente.

Só olhando para dentro percebemos o que se passa connosco. Note-se: é connosco!
Trocar de marido, de mulher, de amigos não resolve se sistematicamente atraímos o mesmo tipo de relações. Quando as pessoas estão insatisfeitas ou infelizes têm que perceber a sua infelicidade em vez de culpar o outro por me sentir assim.
Tem que partir do nosso centro e poucas pessoas conseguem fazer essa paragem e avaliar-se, a partir de dentro.

Caminhar para o amor incondicional significa respeitarmo-nos, saber quem sou. Estamos muitas vezes mais preocupados em saber o que é mais importante para o outro para sermos aceites ou para lhe dizermos o que deve fazer. Ao fim de um tempo sentimo-nos insatisfeitos. Temos relacionamentos físicos, financeiros e intelectuais. Mas perdemos a capacidade de falar de coração para coração.

Uma mãe dizia um dia destes: “gosto do meu filho incondicionalmente mas…”, onde está o incondicional no “mas”? No rol de coisas que esse filho podia melhorar?

No dia em que não encontrarmos palavras para gostar de alguém, quando não for porque me dá segurança, porque me dá prendas, porque faz o que eu quero, porque é bonito ou inteligente, porque tem uma imagem que me agrada, etc. e gosto daquele ser sem ter que ter qualquer razão… aí falamos de amor incondicional.

O que temos que perceber é que os relacionamentos traduzem o que estou a aprender. Mudar a nossa vibração não é sinónimo de mudar de pessoas, mas mudar os nossos hábitos e formas de pensar.

Sistematicamente tentamos mudar os outros. O amor mais completo é o amor sem forma, sem expectativas.
Por vezes temos que deixar seguir: numa separação, numa morte, no crescimento dos filhos, etc. Temos que estar preparados para amar de tal forma que a certa altura podemos dizer ao outro: “Vai. Não te prendo mais.”

Temos que parar de estar fechados à espera que alguém venha abrir. Temos que deixar de falar com os outros com as nossas necessidades, carências e egos e falar com o coração aberto. Para bem das relações.

Educação emocional significa no fundo dizer: “Eu sou como eu quiser” e não “Eu sou como eu sou”.

Como diz Dalai Lama “A maioria do que somos foi aprendido”. Então como é que podemos ter educação emocional? É preciso conhecermo-nos, fazendo algo que se chama: Tomada de Consciência.

Na prática temos que fazer o mesmo que os desportistas fazem: observar e avaliar o nosso desempenho de forma a melhorar.
Num 1º passo significa observarmo-nos de fora (gravarmo-nos em vídeo ou escrever um diário por ex.), para percebermos (sem julgamentos) como reagimos.
Depois temos que avaliar o que estamos a fazer e onde é que isso nos leva.
Num 2º passo eu já dou conta nas situações do dia a dia que me levam pelo caminho que não quero seguir. Aí “engasgamo-nos”, o que é natural. Nenhuma criança aprende a andar sem andar cambaleante e sem cair e se levantar.

O grande entrave para as mudanças é acharmos que temos todo o tempo do mundo, esquecendo-nos que somos mortais.”

Elogio ao Beijo


Hoje é Dia dos Namorados. Mas também é dia da Doença Coronária e da Disfunção Sexual...esperemos portanto que o amor seja a “doença” mais forte para as outras duas não aparecerem...

Neste dia, tido por alguns negativistas como um dia comercial e visto pelas pessoas singles como eu como um dia “massacrante” - o tema fulcral é esse sentir “que arde sem se ver”.
Tenho uma proposta inclusiva... não obstante a situação passional de cada um: em vez de celebrar o Dia dos Namorados, renomear o dia 14 de Fevereiro como o Dia do Amor! Tornava a coisa tão lamechas quanto a situação obrigasse e dava oportunidade aos que não encontraram a sua cara metade de distribuir por aí beijos e abraços em nome do tal Amor.

Agora para os amantes:
Importa celebrar.
Independentemente do que se faça e não obrigando ninguém ao típico: ir jantar fora e dar uma prenda material - afinal a imaginação é uma coisa poderosa. (se ainda estiverem sem ideias, na net encontram coisas como serenetas, passeios de barco, sessões fotográficas a dois, experiências de 6 sentidos, etc.).
No sentido virtuado da coisa, o dia é um lembrete de que a relação tem que alimentar o amor, em cuja receita se dever ir usando de sal, pimenta, vinagre e açúcar em doses q.b.
Mas quanto a mim, mais pertinente que uma coisa comprada e desapegada de qualquer valor emocional, é mais marcante usar o símbolo supremo da união: o beijo. Apaixonado, simples, ardente, fortuito, terno, malicioso, provocador, sensual, íntimo, roubado, desejado, sentido.
Experimentem. E depois não digam que não tiveram um bom dia.

Weird thing

Diferenças

“As mulheres, pensava eu, estavam mais aptas para unir sexualidade à emoção, ao amor, preferiam um único homem à promiscuidade (…). Mas, apesar da diferença fundamental entre a mulher e do homem acerca de tais questões, nós não dispúnhamos ainda de uma linguagem que a exprimisse”

Anäis Nin
Delta de Vénus

What's life all about

The outer Universe

A Profecia Celestina

Às vezes penso que a vida é mesmo um encadear de coisas, como uma corrente em que vamos acrescentando aquelas pecinhas de metal e tornando a nossa área de liberdade mais lata.

Fui ver um filme chamado Profecia Celestina. Tinha alguma expectativa em relação a este filme. Já conhecia o livro de James Redfield há uns anos, desde o tempo em que andava no Reiki. E, não sendo uma verdade absoluta, pelo menos fez-me pensar.

Tal como esperava o filme parece meio “low budget”, passado no Peru, com paisagens luxuriantes e com uma fotografia e efeitos a lembrar o inicio dos anos 90, sem grandes artefactos, com o nosso Joaquim de Almeida a fazer parte do elenco.
É o conteúdo que conta aqui.
Confesso que prefiro filmes em que nos seja aguçado o apetite do que receber “verdades digeridas,”mas acredito que é difícil fazer um filme passar este tipo de mensagem.

Fui ver. Não com os olhos de quem olha para estas coisas pela primeira vez, até acha que tira dali uma lição interessante mas depois volta à sua “vida real”. Mas sim com os olhos de quem correlaciona diversos aspectos, aprecia as filosofias orientais, acredita num progresso espiritual independente das convicções religiosas e vê nas ultimas descobertas da Física Quântica espectros de muito do que se disse ali.
“Cada visão tem correspondência diretas com visões metafísicas e filosóficas dispersas pelas várias tradições de sabedoria e pelo próprio estado da arte do conhecimento científico.” (Rodrigo C. Liao)
Tudo começa com “um manuscrito Peruano antigo escrito em Aramaico que prediz uma maciça transformação espiritual da sociedade nos finais do século vinte”.

O personagem principal do filme tem um problema que eu entendo muito bem: nenhuma relação resulta com ele porque ele nunca “está lá”. Não se entrega. A única coisa que sabe fazer é controlar. Não por mal, mas porque foi assim que aprendeu a viver.
A maior parte de nós manipula emocionalmente e nem quase se dá conta de que o faz não para prejudicar o outro mas para seu proveito. Por medo de, ao não controlar, perder e isso torna-se um hábito. Ou então defende-se (nalguns casos como que alergicamente) de um possível controlador.
“Quando apareceram os homens primitivos, continuámos, inconscientemente, a nossa evolução, conquistando outros e obtendo energia, mas sempre avançando um pouco, para depois sermos conquistados por outros e perdermos a nossa energia. Este conflito físico continuou até à invenção da democracia, um sistema que não pôs termo aos conflitos, mas os fez mudar do nível físico para o mental. Agora, estamos a tomar consciência de todo este processo. Percebemos que toda a história humana nos preparou para realizar uma evolução consciente.” – tirado do livro.

O que o filme e o livro retratam afinal é a busca por uma verdade superior. Superior aos sentidos, a raças, a povos, a religiões, a sociedades estabelecidas, à competição, a hábitos de dificil remoção.

Aqui são presseguidos pregaminhos com 9 revelações ordenadas.
Uma história vista em inúmeras epopeias, profecias encerradas em mistérios resolvidos ou por resolver, onde mensagens grandiosas e sagradas nos chegam no momento certo.
Basta olhar para o estrondoso sucesso do Código de Da Vinci para perceber que já todos compreenderam que há uma dimensão diferente da palpável molecularmente, só que ainda não sabemos como materializá-la e isso deixa-nos confusos e cépticos, como um Africano no meio da Savana que leva com uma garrafa de coca-cola na cabeça e nem sabe bem de onde veio aquilo ou para que serve. Dizem-nos que o sentido da vida não é cognitivo e ficamos baralhados.
Fala-se neste filme de uma Nova Era de conhecimento espiritual, da evolução da história da humanidade desde o Big Bang, das coisas que estão lá e nós não vemos, das etapas que vamos vivendo até chegar à compreensão global, de um plano maior de que todos fazemos parte, de coincidências, de revelações, de atenção, de acreditar, de auras, de conexão, de abertura e entrega, de dar e receber, de missões de vida, de amplificação, de plenitude, mas sobretudo das leis do Universo, baseadas nas energias, na sincronicidade e na evolução das formas de consciência.

E o mais giro é que no final toda a gente se preparava para sair remexendo-se na cadeira quando passaram, imediatamente antes do genérico, as supostas revelações que eram a polpa de toda a película. Fez-se um silêncio total, em que quase se podia ouvir o beber daquelas palavras, tal a avidez das pessoas de se descobrirem e o apelo que sentem por algo que ainda não conseguem expressar.

O que dizem afinal as misteriosas revelações?
1 We are discovering again that we live in a deeply mysterious world, full of sudden coincidences and synchronistic encounters that seem destined.

2 As more of us awaken to this mystery, we will create a completely new worldview - redefining the universe as energetic and sacred.

3 We will discover that everything around us, all matter, consists of and stems from a divine energy that we are beginning to see and understand.

4 From this perspective, we can see that humans have always felt insecure and disconnected from this sacred source, and have tried to take energy by dominating each other. This struggle is responsible for all human conflict.

5 The only solution is to cultivate a personal reconnection with the divine, a mystical transformation that fills us with unlimited energy and love, extends our perception of beauty, and lifts us into a Higher-Self Awareness.

6 In this awareness, we can release our own pattern of controlling, and discover a specific truth, a mission, we are here to share that helps evolve humanity toward this new level of reality.

7 In pursuit of this mission, we can discover an inner intuition that shows us where to go and what to do, and if we make only positive interpretations, brings a flow of coincidences that opens the doors for our mission to unfold.

8 When enough of us enter this evolutionary flow, always giving energy to the higher-self of everyone we meet, we will build a new culture where our bodies evolve to ever higher levels of energy and perception.

9 In this way, we participate in the long journey of evolution from the Big Bang to life's ultimate goal: to energize our bodies, generation by generation, until we walk into a heaven we can finally see.

Mas como gosto de ver sempre o reverso da medalha - na visão dos mais cépticos, os misticos são escapistas e:
“Muito do que os espiritualistas da New Age ensinam são bons conselhos: Evitem pessoas destrutivas. Não se limitem a ouvir os outros, escutem-nos. Pensem. Explorem novas ideias e novos métodos de ter ideias. Seja criativo. Tenha um papel mais pró-activo na sua vida; não seja passivo. Pense positivo.

Mas há outro lado da New Age que é subjectivista e relativista. Há um lado que diz que a realidade é o que você quiser. A linha entre facto e ficção torna-se pouco clara. A ficção tem um lugar nas nossas vidas, mas tambem a realidade.”

Estratégia matinal


O meu Avô!

- Ainda sobre a questão da despenalização do Aborto -
Mais uma vez as Ilhas e zonas a Norte do Rio Mondego (excepção feita à região do Porto), votaram maioritariamente Não, em detrimento do Sim mas zonas mais a Sul.
Por vezes penso que a nossa História, encerrou também um conservadorismo mais profundo e enraizado nestas zonas mais fechadas.
Foi portanto com surpresa e um sentimento de grande admiração, que soube que o meu avô, com 82 anos, habitante de uma zona interior rural, inserido num meio pequeno, em que a paróquia tenta impôr as suas visões extremadas e retaliadoras a todos os que atentarem contra o que a igreja defende (atentando paradoxalmente eles mesmos contra essas leis ao fazerem campanha!), uma pessoa que não lê jornais, que trabalha ainda activamente a terra de sol a sol… votou Sim, numa lucidez de argumentos e esclarecimento invejáveis para muitos dos nossos pseudo-intelectuais.

O dia da mudança

Este fim-de-semana ficou marcado pelo referendo ao Aborto.
Acredito que muitos digam: “Até que enfim! Vamos poder voltar a ver o Telejornal e ouvir como temas de abertura assuntos relacionados com a transferência de jogadores e fascinantes entrevistas aos mesmos!” : )
Prevaleceu o sim à escolha da saúde e pela liberdade de consciência. E é disso que se trata, de despenalização, não de liberalização.
Votei sim. Mas não fiz nenhuma festa nem acho que o facto seja motivo para tal, mas sim motivo de responsabilização a que uma decisão destas obriga e que exige uma ponderação na construção de uma política e regulamentação à altura.
As convicções de cada um vão continuar a ser de cada um. Ninguém é obrigado a abortar. Pelo contrário, agora exige-se que se pense duas vezes ou mais, antes de tomar essa opção, que tem agora dever de ser mais esclarecida.
Mas a legitimidade de opção existe finalmente. Estão criadas as bases para o desenvolvimento de uma consciência pessoal e para o combate ao aborto clandestino de forma mais eficaz.
E nesta questão há que ser correcto na avaliação dos factos e não tratar as pessoas como tolas: é óbvio que o número de abortos vai aumentar porque se começam a passar às claras e não às escondidas. Era como Salazar dizer que não havia suicídio em Portugal. Haver havia, mas isso era encoberto.
A taxa de abstenção foi elevada, demonstrando a falta de envolvimento dos portugueses com questões que afectam a sociedade e sobretudo com a política de que se sentem dissociados.
Mas essa taxa de 56,4% não nos pode levar a afirmar (como fazia um dos nossos políticos em movimento pelo Não) que isso significa que essas pessoas queriam que as coisas ficassem como estavam, se o quisessem tinham ido votar e votariam Não.
Acredito mais que a taxa de abstenção reflecte uma desresponsabilização da parte de quem optou por não votar, porque afinal estes são assuntos que nos deixam confusos e há muita gente que prefere não optar e deixar nas mãos dos outros a resolução.

Pergunta do Dia

Qual a maior loucura que já fizeste por amor?

Aleatoriamente retirada de “O Livro das Perguntas”
“Uma ferramenta para se conhecer a si mesmo, ou como provocação para estimular debates, desafiar atitudes, moralidades, crenças.”

R: Tinha 14 anos, era a minha primeira paixão e marcou-me para sempre pela pureza daquele sentimento que perdurou por uma data de anos e ainda hoje não me deixa indiferente.
Era daqueles amores platónicos, pois nem conhecia o rapaz.
Via-o e fazia de conta que nem o notava mas o meu coração saltava descompassado.
Sabia apenas que era da terra onde vivia e que era meio distante e reservado.
A verdade é que deixei de comer ao almoço durante várias semanas (!) para juntar dinheiro da mesada e lhe poder comprar uma prenda para o dia de anos (fazia 14).
Como não sabia do que gostava e um perfume não me parecer suficientemente impressionante (!) resolvi dar-lhe três diferentes (!).Vim a saber mais tarde que tinha ficado com o melhor/ mais caro e dado os outros dois…
De facto...viva a loucura!

Excerto

É muito difícil abarcar um universo onde as nossas rotinas andam misturadas com os nossos sonhos e com a tal harmonia do mundo onde espero que esteja prevista a nossa alegria.
"O Riso de Deus" - António Alçada Baptista

Frase do Dia

A falta de recursos pode ser reparada com facilidade, mas a pobreza da alma é irreparável. (Montaigne)

Gajos... quem os entende!?

Mas que mania é essa a dos homens de não conseguirem ver uma mulher como amiga? Juro que não percebo.
Se lhe queremos bem, gostamos dele, mas não vemos qualquer coloração sexual que mal tem em dizer que o vemos de forma assexuada? Como um irmão ou um primo?
Percebi pelas reacções de choque dos amigos homens a quem disse isto que esta expressão é como uma ofensa (e eu a pensar que estava a ser querida ao colocá-lo acima do patamar de amigo e a colocá-lo no patamar de praticamente da família!), um ULTRAJE à sua masculinidade!
Expliquem-me que eu não entendo.
A mim se me disserem que me vêem como amiga eu levo isso como um elogio e fico emocionada até.
Para uma mulher se apaixonar e pensar em sexuar com um homem, há que preencher uma série de pré-requisitos (não é à toa que a palavra burocracia é feminina) sendo o fundamental um processo chamado química e que é uma espécie de “Holy Grail” das relações amorosas.
O que é que os homens preferem em vez de amizade? Desprezo? Indiferença? Chiça que nunca estão satisfeitos!
Agradeço ao amigo que me enviou o artigo abaixo.
É por estas e por outras que evito beber café! : )

"ELA GOSTA DE TI COMO AMIGO

Ate hoje pensava que a pior frase que podia ouvir de uma rapariga era "Temos que falar...". Mas não! A pior frase de todas e: "Eu também gosto de ti... mas como amigo."

Isto significa que para ela tu es o mais simpático do mundo, aquele que melhor a compreende, o mais dedicado... mas nunca vai sair contigo.

Vai sair com um gajo nojento que apenas quer ir para a cama com ela. Aí sim, quando o outro lhe faça alguma das dele, ela chamar-te-á para pedir-te conselhos. E como se fosses a uma entrevista de trabalho e te dissessem:

"Você e a pessoa ideal para o posto, tem o melhor currículo, e o que esta melhor preparado... mas não vamos contrata-lo. Vamos contratar um incompetente. Só lhe pedimos uma coisa, quando esse gajo fizer asneira, podemos chamá-lo para tirar-nos da embrulhada em que ele nos meteu?"

Eu pergunto: o que e que fiz mal?
Fomos ao cinema, rimo-nos, passamos horas em cafés... e depois de quantos cafés ficamos amigos de verdade? Depois de cinco? Seis? Com um café menos e tinha ido para a cama com ela!

Para as mulheres, um amigo rege-se pelas mesmas normas de um Tampax: podem ir para a piscina com ele; podem montar a cavalo; dançar..., mas, a única coisa que não podem fazer com ele e ter relações sexuais.

Ainda por cima, bem vistas as coisas... se para uma mulher considerar-te "seu amigo" consiste em arruinar a tua vida sexual, o que fará ela com os inimigos? A mim parece-me muito bem que sejamos amigos, o que não percebo e porque e que não podemos "ir para a cama como amigos". Eu penso que a amizade entre homens e mulheres não existe, porque se existisse saber-se-ia.

O que acontece é que quando ela te diz que gosta de ti como amigo, para ela significa isso e ponto. Mas para ti não. Para ti quer dizer que se numa noite estão na praia, ela já com uns copos, está lua cheia, os planetas estão alinhados e um meteorito ameaça a Terra... podias muito bem ir para a cama com ela!

Por isso engoles... Por isso nunca perdes a esperança. Ela sai com o Joe? Isso vai acabar. E quando isso acontecer, tu atacas com a técnica de consolador: "Não chores, o Joe era um chulo. Tu mereces muito melhor, alguém que te compreenda, alguém que esteja no sítio certo quando tu precisas, que seja baixito, que seja moreno, que não seja muito bonito, que se chame John...COMO EU!"

Pelo menos, sendo amigo podes meter nojo para eliminar concorrência. ´E a técnica da "lagarta nojenta". Quando ela te diz:

- Que simpático e o Paul, não é?
- O Paul? E muito simpático... só e pena ser um pouco estrábico.- Ele não é estrábico, o que tem é um olhar muito ternurento.- Sim, tens razão. No outro dia reparei nisso quando olhava para a Marta.- Não estava a olhar para a Marta, estava a olhar para mim!- Vês como é estrábico?

O cúmulo dos cúmulos e o facto dela considerar ter uma relação "super especial" contigo quando pode dormir na mesma cama sem que se passe nada. COMO É QUE E??!! Então o "super especial" não seria que se passasse algo?!

Um dia depois de uma festa, tu ficas a ajuda-la a limpar, como fazes SEMPRE, e quando acabam ela diz:
- UH! Que tarde. Porque e que não ficas cá a dormir?- E onde é que durmo?
- Na minha cama.

Aí, até te tremem as pernas. "Esta é a minha noite, alinharam-se os planetas!". Passados uns minutos, dás-te conta que não são precisamente os planetas que se alinharam, porque ela, como são amigos, com toda a confiança fica em roupa interior e tu, pelo que vês, pensas: "Vou ter que ficar de boxers.
Com todo o alinhamento de planetas que tenho em cima..." E, assim que te metes na cama, dobras os joelhos para dissimular. Ela mete-se na cama, dá-te uma palmada no rabo e diz-te "Até amanhã".

E põe-se a dormir! "COMO É QUE E??!! Como é que se pode pôr no ronco tão cedo? E esta fulana não reza nem nada?"

Estás na cama com a rapariga dos teus sonhos. No início nem te atreves a mexer, para não tocar em nada. Sabes que se nesse momento fizessem um concurso, ninguém te podia ganhar: és o gajo mais quente do mundo. E como e longa a noite! Vem-te a cabeça um monte de perguntas: "Tocar uma mama com o ombro será de mau amigo? E se é a mama que toca em mim?"

Mas depois de muitas horas, já só fazes uma pergunta: "SEREI REALMENTE UM MANSO?!" Não podes acreditar que estás na mesma cama e não se vai passar nada. Confias que, a qualquer altura, ela vai dar a volta e dizer "Anda lorpa, que já sofreste bastante. Possui-me!" Mas não. Para as mulheres parece que nunca sofremos o suficiente. E como sofres... Porque tens todo o sangue do corpo acumulado no mesmo sítio. Já houve mesmo casos de homens que rebentaram.

Mas ainda não acabou a tua humilhação. As 7 da manha tocam a campainha:

- AH! E o Joe! - O Joe? Mas ele não te tinha deixado? - Depois conto-te tudo. Estou com pressa.
- Esqueci-me de dizer-te que o Joe ia trazer o cão. Como vamos a praia eu disse-lhe que ficando contigo o cão não podia estar em melhores mãos. Porque tu es um amigo! UH?! Estas com má cara. Dormiste bem?

E aí ficas tu com o cão, que esse sim e o melhor amigo do homem."

JERRY SEINFELD

Uma verdade menos inconveniente

Al Gore está hoje em Lisboa numa conferência restrita destinada a Políticos e Grandes Empresas, prometendo regressar a Portugal, daqui a um mês, para o terceiro fórum da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição.

Percebi pelos jornais diários que, se por um lado é aclamado como embaixador pela luta às causas das alterações climatéricas, por outro é cruzificado pelo valor que cobra e por se fazer necessário numa causa em que potências económicas os jogos de influências chocam com valores mais altos como a própria sobrevivência.

“Primeiro apareceu o livro, depois o filme e agora chega a tournée mundial de conferências. Al Gore, um dos conferencistas mais requisitados da actualidade, traz hoje a Lisboa "Uma verdade inconveniente". O tema está, também ele, no topo da actualidade: as alterações climáticas, os seus efeitos e o que temos que fazer para travá-los.
Aquele que com fair-play se apresenta como "o ex-futuro Presidente dos Estados Unidos" tem encontro marcado com uma plateia de 600 convidados às 11h30 no cenário do Museu da Electricidade.
A CML faz-se acompanhar de vários convidados para este encontro restrito com Gore: Maria da Graça Carvalho, do gabinete de Durão Barroso em Bruxelas, Jorge Moreira da Silva, assessor de Cavaco Silva para os temas ambientais, Francisco Ferreira, presidente da Quercus, e Nuno Ribeiro da Silva, especialista em energia.Meia hora depois do fim da sua comunicação, previsto para as 13 horas, Gore deverá regressar a Inglaterra para mais uma conferência.
Na plateia vão estar dois ministros - António Costa, ministro de Estado e da Administração Interna, e Nunes Correia, do Ambiente - e vários secretários de Estado, entre as seis centenas de convidados - mais 200 do que os inicialmente previstos.”
Público - 08.02.2007 - Paulo Ferreira (texto não integral)

Culpa indelével

“Sentimo-nos culpados por tudo o que há de autêntico em nós – pelo nosso salário, as nossas opiniões, as nossas experiências, os nossos desejos ocultos, a nossa maneira de falar – sentimo-nos culpados até mesmo pelos nossos pais e irmãos. E qual o resultado? Paralisia. Ficamos com vergonha de fazer qualquer coisa diferente do que os outros esperam. Não expomos as nossas ideias, não pedimos ajuda.” - Paulo Coelho

Ainda ontem no ginásio falávamos na culpa, em como alimentamos o sentimento de culpa por tudo o que fazemos, pensamos ou queremos.

A expressão: "Por minha culpa, minha tão grande culpa" faz até parte de um credo católico que todos os praticantes professam em remissão dos seus pecados.

De tal forma este peso invisivel nos foi incutido e ficou enraizado, que acredito mesmo que a nossa Sociedade baseia o seu equilibrio num misto de culpa e consumo, muitas vezes usando um como vingança pelo outro.


Agora eu tenho para mim: responsáveis sim, culpados não.

Back to the gym

Nunca tive muita paciência para me disciplinar, mas pelo menos tento. E faz parte desse meu plano hitleriano o obrigar-me a ir ao ginásio.
Dizem que o exercicio fisico é viciante e que tem efeitos secundários positivos... o problema é que nunca fico tempo suficiente para verificar.
Calcei os ténis e fui fazer a avaliação. A minha Personal Trainer ficou admirada com a minha performance e condição fisica. É claro que ainda duvidei da visão dela e dos aparelhómetros que usava... Afinal as minhas passagens pelo ginásio foram sempre rápidas e indolores e o que mais exercito neste momento são os dedos no teclado e o recostar na cadeira.
No final falámos mais do que molestámos o meu tónus muscular, parecia que nos conheciamos há anos. Acho que é uma estratégia dos bons ginásios agora: sacam-nos o perfil, fazem com que os treinadores sejam nossos amigos e quando reparamos já nos sentimos mal se não aparecermos por lá!

Precisão

O que me tranquiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.

Clarice Lispector - In Wind Blogspot

Coisas chatas

Abriu a caça aos rendimentos!

Iniciou no dia 1 de Fevereiro (e até ao dia 15 de Março), a entrega do modelo 3 do IRS.

Devo dizer que adoraria dar especial uso ao anexo H, na parte da manifestações de fortuna.

Apesar de me considerar resistente à mudança no que toca às novas tecnologias, acabo por me render às vantagens de não ter que aturar o gritinho estridente de "o próximo" e fazer da ida às Finanças uma aventura na selva da burocracia.

Basta ir a www.e-financas.gov.pt/ entrar em Contribuinte » Entrega » IRS » Inserir o número de contribuinte, pedir a senha (caso seja a primeira vez nas finanças online) e depois preencher e enviar. Depois vai-se a comprovativo e imprime-se.

Missão cumprida e votos de que para o ano "renda" mais!

Direito à vida?

A interrupção voluntária da gravidez é um tema delicado? Sem dúvida.
Há que estar informado? Pois claro que sim.
Há que ter opinião e votar? Obviamente.

Mas... Confesso. Já me cansa o esgrimir dos mesmos argumentos repetidos dos dois lados do que é, afinal, a mesma moeda.
Argumentos fatiados, servidos com salada e com uma grande dose de exagero em muitas circunstâncias.

A verdade é que dúvido que alguem consiga estar 100% de acordo com uma das posições.
Afinal há argumentos válidos dos dois lados:

Por um lado temos argumentos como:
- a ética da vida
- a nobreza de quem quer ver em cada pessoa um ser responsável pelos seus actos
- a ideia de que abortar é pensar na mulher de forma unilateral, não pensando na criança
- a educação sexual como forma de contracepção em vez do aborto vulgarizado

Por outro temos que:
- o aborto é legal na maior parte dos países europeus (serão os outros menos inteligentes/éticos que nós?)
- segurança e acessibilidade é uma questão de saúde pública
- a punição criminal é humilhante e não chega a ser inibidor
- quando não há condições (económicas, psicológicas, sociais...) ter um filho indesejado só traz sofrimento para ambos

Podia rebater ponto por ponto, detalhe a detalhe, indo buscar a ciência, a lei e todas as partes envolvidas, e usar de acusações acutilantes para fazer valer a minha posição.
Mas isso seria desrespeitar a opinião de quem não tem a mesma forma de ver as coisas, o que é tão válido quanto a minha ou outra opinião.
Por isso exponho o meu ponto de vista da forma mais neutra e factual possível.

Para mim, é simplesmente uma questão de consciência de cada um.

A palavra consciência é facilmente confundida com moral e com culpa, numa atitude conservadora e contra a mudança.
Mas não é de moralismos que se trata aqui. Ser consciente é ser pragmático.
E o que é o pragmatismo?
- a verdade de uma ideia reside na sua utilidade, se define pelo seu êxito.
- a função essencial da inteligência é, não de nos fazer conhecer as coisas, mas de permitir a nossa acção sobre elas.
(in Dicionário da Língua Portuguesa)

Na prática, sabemos que não vai deixar de haver aborto. O aumento do número de abortos é uma falsa questão.
Nenhuma mulher no seu perfeito juizo troca a protecção sexual pela sujeição ao sofrimento fisico e emocional.

Em pleno Século XXI, temos (no mínimo) obrigação de deixar as formas de tortura e inquisição de lado e usar a tolerância e apoio como pontos de partida.

Para mim votar NÃO, é o mesmo que dizer que quero que permaneça tudo como está.
Não vale manipular os factos dizendo que é uma atitude de despenalização.
Ou então acaba-se com este referendo e reformula-se a pergunta (mais valia).

E votar SIM é ser pragmático e não é o mesmo que dizer que quero a banalização do aborto.
Das duas opções que são dadas, o SIM parece-me mais construtivo.

Em vez de se investir tempo em encontrar culpados, deve-se investir tempo no acompanhamento e aconselhamento das mulheres a quem têm que ser dadas opções, sem moralismos de fundamento algum.
E deixá-las decidir, conscientemente e sem julgamentos, é acreditar verdadeiramente no direito à vida.

Negar sempre!


Pecados Íntimos (Little Children)

O filme passa-se numa pequena cidade Norte-americana, um meio pequeno e pacato, de vidas rotineiras e casamentos mornos, com crianças adoráveis e pais protectores.
Mas se à primeira vista podiamos pensar que se retrata a falsa moralidade numa crítica aos costumes e à instituição familiar, percebemos que o que a objectiva foca é a dificuldade em aceitar a vivência da vida adulta.
Pessoas em busca do que os faz sentir-se vivos, em busca de valorização e de intensidade.
Gente que tenta libertar-se de uma vida vazia em busca dos sonhos perdidos.
Mas depressa percebemos que não há maturidade suficiente para mudar a vida, os problemas reais não são enfrentados, tentando escapar na ilusão de rebeldia.
Brad, formou-se em Direito, mas nunca passou no exame da ordem e quando sai para estudar à noite fica apenas a olhar os skaters no parque. Sarah está desapontada com o marido, mas nunca procura uma conversa séria com ele e, apesar de presente para a filha, está distante dela e do seu papel de mãe. Percebemos no final que o próprio caso extra-conjugal entre eles não passa de uma fuga quase adolescente à realidade vivida.
Este filme, não pretende chocar mas incomodar, retratando, no fundo, as pequenas crianças dentro de cada adulto aprisionado por desejos de infância, de proteção, de zelo, de descompromisso e pureza.
Um filme sem dúvida interessante.

10 anos ou um piscar de olhos?

A vida é mesmo um mar de surpresas em vai-vem.
Há uns dias via umas fotos antigas com alguma nostalgia.
Entre as fotos de faculdade com uns 10 anos, encontrei algumas fotos do meu primeiro namorado à séria (aquele das primeiras "experiências"), fotos que eu própria tirei para o book dele de modelo (projecto de que desistiu alguns meses depois).
Ao fim de três anos de namoro veio o fim, e como tal o contacto com a família que me tratava como se fosse irmã e filha de sangue.
Perguntava-me por vezes o que seria feito desta gente.
Por isso foi com alegria que reencontrei a irmã mais velha, e com surpresa que fui convidada a almoçar com a família e percebi que a mana mais nova de 7 anos quando a conheci está uma bela mulher de quase 17 e que soube que ele vive agora em Barcelona e é um pai babado de um lindo rapaz.
...Meu Deus como o tempo passa!

Second Life


Já ouviram falar do jogo virtual do momento? O Second Life foi criado por Philip Rosedale, e é uma espécie de vida virtual.

Neste jogo o utilizador cria uma personagem com que joga interagindo com os outros cibernautas num ambiente idêntico ao real: com pessoas, casas, estradas, locais de entretenimento, lojas, etc. e onde os personagens fazem o que se faz no dia-a-dia: passeiam, dançam, namoram, conversam, e fazem mover dinheiro real: comprando e vendendo.

Jogam o Second Life mais de 2 milhões de utilizadores. A publicidade não tardou a aparecer e as empresas criam pontos de presença dentro desta verdadeira loucura virtual.

Pessoas anónimas recriam uma nova vida no Second Life, tornando-se empreendedores e alcançando verdadeiras fortunas na economia paralela do jogo.

Até bebés nascem, com direito a parto, choro e fotos!

Na semana passada a Suécia tornou-se no primeiro país a estabelecer uma representação diplomática neste mundo virtual.

É impressionante a nossa capacidade de criação e a nossa necessidade de sonho e re-invenção de nós mesmos.