Sonhar, mudar, conquistar... ser!

(Imagem richard-cook-artville)

Hoje fui assistir a uma palestra-"coaching" dada pelas Flying Fish Productions. No fundo a aprendizagem baseia-se na história de uma pequena peixaria em Seattle (Washington) que mudou a sua forma de estar no mercado e no mundo ao mudar a forma de gestão, dando aos seus empregados a possibilidade de reinventar e inspirar o seu trabalho e comprometendo-os com objectivos comuns. A pequena peixaria acabou por se diferenciar sobretudo pelo envolvimento que dava a todos os que os visitavam.

Aquele conjunto de homens, pegava ao trabalho todos os dias às 6h30 da manhã, era um trabalho duro e monótono e eles conseguiram torná-lo em algo divertido e contagiante.
Os 4 passos para o conseguirem são simples:
1 - Play/Have fun. 2 - Be there. (Estar com as pessoas de verdade, dar-lhes atenção) 3 - Chose your attitude. 4 - Make their day (Dar uma experiência marcante para os clientes, mesmo que seja com um sorriso).

A experiência de ver peixes a voar e vendedores de peixe a meter-se com as pessoas que passavam tornou-se um Case Study. Foram filmados e entrevistados e começaram a dar formação às grandes empresas sobre motivação, liderança e vendas, o sucesso foi tal que o negócio vale neste momento 6 x mais (não houve expansão porque não era objectivo do pequeno empresário John Yokoyama que quer manter o negócio pequeno e quase familiar) e hoje em dia alguns dos seus elementos viajam pelo mundo inteiro a dar formação sobre como criar um espaço de trabalho vital e energizado.

É interessante como o orador James Berquist (de uma consultora que baseia a sua actividade em "transformational consulting" e incentivou a grande mudança na pequena peixaria à beira da falência) nos dizia que tudo começou com um sonho: Para onde queremos ir? O que gostávamos de fazer? - perguntou-se a todos numa reunião, e um dos elementos disse: "Ser famoso mundialmente". Parecia absurdo e todos se riram. Mas a verdade é que abraçaram a ideia sem saberem muito bem como o fazer e hoje em dia o Pike Place Fish Market em Seattle é até objecto de romarias.

Houve frases chave que retive e que se resumem nisto: "People are used to act in some way and think automatically in some way. Think outside the box." "Our past doesn't determine what we are. What determines what we are is the powerful future we can create." "Be commited to the future you create, based in what inspires you. If you don't determine that, you'll have the same you've got already".

Mas de tudo, o que mais achei interessante foi a frase que James Berquist leu, proferida por Nelson Mandela no discurso da tomada de posse em 1994, pertencente a Marianne Williamson do livro "Return To Love: Reflections on the Principles of A Course in Miracles.":

“Our deepest fear is not that we are inadequate. Our deepest fear is that we are powerful beyond measure. It is our light, not our darkness that most frightens us. We ask ourselves, Who am I to be brilliant, gorgeous, talented, fabulous? Actually, who are you not to be? You are a child of God. Your playing small does not serve the world. There is nothing enlightened about shrinking so that other people won't feel insecure around you. We are all meant to shine, as children do. We were born to make manifest the glory of God that is within us. It's not just in some of us; it's in everyone. And as we let our own light shine, we unconsciously give other people permission to do the same. As we are liberated from our own fear, our presence automatically liberates others.”

Muito interessante. Don't you think?

http://www.pikeplacefish.com/

Supliciozinho

Há poucas coisas que me deixam mal humorada/ que fazem cair o Carmo e a Trindade/ que me deixam de candeias às avessas. E uma dessas raras coisas são as malogradas fotos. Fico como uma criança e faço uma birra que pode ir da cara de má, ao silêncio glaciar (ou à combinação das duas).
O ambiente está divertido, estou muito bem disposta a rir e a conversar, e pronto! Vem de lá uma máquina fotográfica... e com ela entra aquele tipo de música que antecede uma desgraça qualquer nos filmes.
Apontam-ma, e é como se me apontassem uma arma assassina. As minhas feições parecem mudar para plástico duro. As pessoas ajeitam-se, e no tempo que demora até premirem o gatilho a minha vontade de estar ali vai-se esvaindo pelo chão.
Mas num esforço pelas pessoas com quem estou e de quem gosto, racionalizo a coisa e negoceio comigo mesma: “Bah vai ser indolor e se não gostar apago. E é giro ficar com registos das coisas para mais tarde recordar... Na verdade até há fotos de que gosto bastante, são raras é certo, mas existem!”
E com isto lá relaxo e tento viver o momento sem fazer as cenas que comecei a fazer aí a partir dos 12 anos em que chorava e batia o pé irritada quando me queriam obrigar a tirar fotos.
O desenrolar dos acontecimentos na altura passava pela família a chamar-me tonta (ou pior) e a gozar com a minha atitude, comigo a ficar com vontade que viesse uma nave espacial e os levasse a todos e no final comigo a fugir para o meu quarto, qual bichinho do mato, sentindo-me uma incompreendida.
Depois lá me recompunha do desaforo a que me tinham sujeitado e quando as fotos eram reveladas e guardadas, desapareciam em ficheiros pouco secretos, acabando mafiosamente em pedacinhos dentro de um saco do lixo qualquer.
Analisando bem as coisas, consigo rir-me de mim própria em praticamente tudo na vida mas o espírito critico apodera-se de mim quando toca a fotos e são poucas as que gosto de exibir.
Considero ter uma auto-estima bastante saudável, mas quando dou de caras com fotos minhas com a pele mais branca que a cal, os poros da pele visiveis ou a juba desgrenhada é um supliciozinho. Nego ser aquele frame de pessoa colada numa película sem movimento. É uma sensação idêntica a ouvirmos a nossa voz gravada e não a reconhecermos porque a ouvimos "de dentro".
Há uma teoria oriental que defende que tirar uma foto é roubar a alma e há zonas onde é um grande desrespeito tirar fotografias. (Eles é que sabem!!)
Pior ainda é quando quero passar despercebida e fazem grande alarido. É como fazer uma pessoa tímida estar no centro de um palco com os focos todos apontados para ela, como fazer uma pessoa que tem horror a aranhas fica numa sala cheia delas, como obrigar quem tem fobia de espaços fechados a ficar confinado a um lugar pequeno, abafado e sem luz,... acho que já deu para perceber a ideia.
Quando mostraram a toda a gente no escritório as fotos do casamento a que fui com alguns colegas este fim de semana e eu me sentio alvo favorito, vi-me exposta e fiquei envergonhada. Se eles soubessem como me sinto de certeza que achariam que era exagero da minha parte mas é assim, toda a gente tem paranóias, a minha grande paranóia são as fotos. Podia-me dar para pior.

Passeio ao Oásis Alcochete

"A concentração está prevista para a porta do Ministério das Obras Públicas - à Sé - de onde partirá a caravana de jipes 4X4 que atravessará a Ponte Vasco da Gama com destino ao Deserto a Sul do Tejo.

A primeira paragem será na Área de Serviço da Margem Sul, onde os nossos experientes motoristas necessitam baixar a pressão dos pneus, necessária à circulação nas dunas.

O trajecto até ao Oásis, onde serão servidos carapaus assados e enguias do Tejo, poderá ser feito, por escolha e conveniência dos participantes, quer continuando na caravana de jipes ou em dromedário (uma só bossa), o que torna a aventura muito mais excitante, pois tirando os beduínos tratadores e a areia, os participantes não encontrarão: "pessoas, escolas, hospitais, hotéis, indústria ou comércio"!

Reunidos os participantes será servido o almoço, em tendas, com pratos tradicionais do Oásis Alcochete. À tarde, a seguir ao pôr-do-sol no deserto - espectáculo sempre deslumbrante - será servido um chá de menta, após o que, a caravana regressa nos jipes, com paragem na área de Serviço da Ponte Vasco da Gama, para reposição da pressão dos pneus.

ALERTA: O tempo urge. Segundo as sábias e oportunas declarações do Dr. Almeida Santos, M. I. Presidente do PS as pontes são alvos dos terroristas pois podem ser dinamitadas a qualquer momento, pelo que não se devem construir novas devemos aproveitar as que temos, enquanto estão de pé.

Conto convosco para esta inesquecível aventura ao Deserto a Sul do Tejo!

MUITA ATENÇÃO: A cada participante será exigida uma declaração por escrito onde se comprometem, durante toda a aventura, a não referir qualquer das seguintes palavras: diploma, curso, Independente, engenheiro, fax e inglês técnico.

Com um abraço."

Tinha que partilhar esta sátira. Uma pessoa já não pode usar uma figura de estilo que é logo isto. :)
Trânsito na TSF.

Metro na margem sul.

Desejo do dia

Depois de um fim de semana cheio de coisas boas, com pessoas e momentos ainda melhores, a vontade hoje mesmo era... ...que chegue depressa o Verão e as férias!

Ontem

fui ouvir Márcio Faraco ao Santiago Alquimista.
Numa palavra: Adorei.


Seu Humberto Faraco

Na casa do meu avô
Seu Humberto Faraco
Eu subia no telhado
Pra roubar goiaba do seu Paco

Minha avó atrapalhada
Confundia o nome da gente
Chamava o Nélson de Jova
E eu de um nome diferente

Desce daí Néquinho
Sérgio, Flavinho, Mário, Darcy
Até acertar o meu nome
Eu já nem «tava» mais ali

Nós éramos três meninos
Numa confusão de gurias
Eu, o Nélson e o Jova
Filho de Beatriz, minha tia

E aí veio Giulianna
Logo depois a Caroline
Thaís chegou há pouco
Na família das meninas

Antes era Lulu and Lili,
Gica, Bribri, Gyssia e Cristina
Ah, quanta guria solta
A atazanar a Constantina

Eu me lembro desse tempo
Guilherme não tinha nascido
Na cristaleira, todos os doces
Antes do almoço era proibido

Eu vou contar agora
O que ninguém nunca revelou
A chave da cristaleira
Ficava em cima do armário do vô

http://www.marciofaraco.com/

Reflexão da semana

"Vá o Ser Humano aonde for, encontrará apenas a porção de beleza que levou consigo."

Textos

Andava a vasculhar as minhas papeladas soltas e encontrei um escrito de 1992 que recebeu um prémiozito num concurso literário lá da escola em género conto. Ora aqui vai.

"Confrontos
Ao leitor:
Procurei. Procurei aquele tema do vosso agrado. E, apenas me encontrei às voltas com uma avalanche de ideias.
Como sabem, os problemas são conflitos. Com eles vive o mundo e por isso aprendemos a resolvê-los ou até a esquecê-los.
E, como já era de esperar, no meio de tantos confrontos há sempre uma história, um retrato tão invulgar e igual que nos relembra realidades vividas, quotidianos que tão bem conhecemos, e dos quais eu vos darei dois simples e humildes exemplos.
Mas como de nada nos serve fazer já um juízo, pois esse deve ser feito em e por cada um de vós de acordo convosco, com os vossos valores e com os vossos mundos...

Esta é Diana, a que vive no centro do mundo; naquele coração batem suaves e frescos anos repletos de sonhos e de uma pequena esperança. São 15 anos físicos com pressas de viver. Superior é porém a sua idade mental e como precoce sente-se perfeitamente ciente de tal. Jovem.. igual a tantas outras distinta de todas elas.
A sua personalidade é a sua assaltante permanente, base de todas as suas preocupações com as quais se debate no meio de uma adolescência...da problemática.
Enquanto a mente se ocupa com grandes aspirações futuras o corpo é o seu “desgaste”. Lutadora, sabe que a carreira escolhida nem sempre vai ser fácil, mas é maior a sua ambição. Decidida, constrói sonhos, faz projectos, mas como resolver situação tão complicada e embaraçosa como a resolução de um comportamento? Gostava de conseguir agradar, mas aquele mundo era para ela deprimente. E aqui estava a pergunta que a aprisionava.
Simpática, amável, gentil, terna. Mostrar aos outros carinho e afeição, sendo assim vista como e interpretada como “mansa”, delicada e até ser acusada de ter expressões infantis, isto Diana sabia ser, uma faceta pela qual sem dúvida enternecia e encantava corações e rostos.
Fatal, sedutora, enigmática, confiante, autoritária, independente, segura de si, indiferente até, um sorriso fechado e brilho sabido no olhar eram-lhe característicos, e esta era a outra parte, a outra faceta diferente e atraente que criava temores, incitava às emoções fortes e ao desafio, numa competição que só ela sabia gerir e coordenar.
E assim se vai debatendo entre uma espécie de tigre e de cordeiro mágicos sem saber em que “jaula” entrar. A sua indefinição toma o lugar do tempo e vai-lhe trazendo como prendas a instabilidade, a inconstância da variedade de humores e de comportamentos e como resposta ...apenas a incompreensão.
Por tudo isto ela é igual a tantos outros que ainda não se sabem encontrar, no meio de tantos traços de caracter por definir.

Naquela tarde fria de Março, o cinzento tomava conta do céu e só as árvores se moviam ao ritmo ameaçador do vento Norte. Dentro da pequena casa rústica da pobre aldeia, a penumbra invadia o espaço iluminado pelo clarão da escura lareira de pedra, que salientava dois vultos inclinados para aquela convidativa e natural fonte calorífica.
- Sabes que me preocupo contigo, não aguento mais ver-te nessa agonia. Quando chegares vais imediatamente ao médico!
Aquela voz surgiu num tom imperativo, já habitual. No entanto, Diana permanecia imóvel, com a quietude dos seus olhos que fitavam o lume e se perdiam nas cinzas e fagulhas mais leves que se levantavam e se desvaneciam no ar. Os ouvidos mantinham-se desatentos ao crepitar saboroso da lenha seca.
- A tua vida pode depender dessa visita e tu sabes bem disso – continuou a avó – Que coisa! Mas que irresponsabilidade!
As mãos de Diana seguravam a tenaz de ferro que brincava com as pequenas brasas. Os seus olhos enchiam-se de um castanho húmido, repleto de raiva e angústia... e de repente quase explodiu quando aquelas críticas já ecoavam nos seus ouvidos e a avó se preparava para continuar o sermão. Em nome de que direito era afinal chamada de irresponsável? Que sabia a sua avó dela ou da sua responsabilidade?... – “E o dinheiro?” – gritou finalmente. Será que ninguém ligava a esse pequeno grande pormenor? A situação económica de seus pais via-se claramente pouco favorável, obrigados a sair do País pelo trabalho, sujeitando-se a sacrifícios que Diana sempre tinha bem presentes e lhe davam, até certo ponto, motivação para querer vencer na vida. Estudava mas era um exemplar sem valor algum. E, apesar de todas as preocupações, a ideia de que o pai perdia a sua possível “fortuna” em jogos de azar, em casinos viciados, ocupava-lhe o primeiro lugar na sua grande lista.
Atravessava agora um período bastante difícil (apenas mais um na sua ainda curta vida), com uma doença que a debilitava. Era urgente a sua cura mas... no dia a dia, Diana de muito se via privada, a tristeza e a frustração apoderavam-se dela de quando em vez ao ver o esbanjamento abusador de suas amigas. Doía. Tanta injustiça presenciada. No seu sangue corriam demasiadas revoltas e amarguras disfarçadas por uma capa de aparente indiferença.
No entanto, não era para ela de grande importância o seu estado precário de saúde. Preferia economizar para um sonho de realização profissional, ou, quem sabe, para um futuro de felicidade ao lado do jovem aguardado com muita paciência.
A infância, pouco feliz, trazia-lhe recordações. O trabalho, o que sempre lhe roubara os pais, que a entregavam a si e a uma imensa solidão e a vendiam à sua tenra responsabilidade e cuidados. Mas sempre tinha feito as coisas pelo melhor, soube escolher, desenvolveu-se sem poder desenvolver aqueles laços de necessária amizade que queriam brotar de um chão árido e infértil, devido à brevidade com que habitavam as várias terras por onde passavam. Saboreou o gosto amargo das partidas e viu as lágrimas das despedidas, conheceu pessoas do bom e do pior, com todos os defeitos e qualidades, dotados de manhas e de ingenuidades mentirosas. E assim foi crescendo, devagar mas depressa, no seio de uma família que a privava daquilo de que tanto necessitava, que lhe dava apenas ordens. Assim cresciam também as suas ideias, os seus pensamentos e os seus receios que guardava só para si. Assim cresceu uma desconhecida, de quem nada se sabia nem se queria saber. Nunca fora aceite pelos seus pais... um preço demasiado caro para um pobre e fraco poder de compra. Na severidade de seus pais qualquer ideia ou desejo expresso, eram simplesmente castigos ou meros desinteresses. Encontrava-se naquela flor da idade já clássica das confusões à qual se impunham gerações diferentes, naturalmente. E era o sofrimento calado por um silêncio e pela falta de um amigo.
Pois é. É a vida! E da Diana nada mais se soube... e esta é a história triste com estas dificuldades a que, de certeza, já não sois sensíveis por estardes tão habituados a elas... Mas... fazei-me um favor: se virdes por aí a Diana, avisai-me, pois conheço alguém com quem tenho a certeza que gostará de se confrontar.
E, talvez assim, nela nasça uma boa esperança, talvez a consigamos curar, talvez...talvez... quem sabe?"

Hoje estou assim...

Que bem que se estava na cama.

Futebol e adeptos... uma combinação explosiva?!

O Porto é campeão. Mas não satisfeitos de não poderem dar pancada em alguém andaram à traulitada uns com os outros... adrenalina a mais ou juízo a menos?

Mais um bebé muito especial!

Sábado nasceu o rapagão David! Com 4,200Kg!
Parabéns aos pais e aos avós e tio babados.
Bem vindo a este mundo bebé lindo.

Que tenham um fim de semana em cheio. Eu vou ter!

Foto Howard Schatz
Este fim de semana livrem-se de não passarem no Mosteiro dos Jerónimos. Seria a falha do ano!
Sábado dia 19 das 15h30 às 1h00 e Domingo dia 20 das 10h30 às 20h00 acontece a Festa dos Museus.
Visitas guiadas, ateliers, cinema, concertos, Feira de Saberes e Sabores, exposições e muito mais. A não perder: a exposição de Pintura Decorativa de Mónica e Bruno Pinto – pura inspiração, puro talento, pura arte.
Mais informações em:
http://www.mnarqueologia-ipmuseus.pt/documentos/Programa_Festa_Museus_2007.pdf

Outras sugestões para a noite de sábado:
The Prodigy, Placebo, Da Weasel, Olá Love2Dance e uma mão cheia de som no Parque da Bela Vista, em Lisboa.
"O Creamfields foi realizado pela primeira vez no Reino Unido há 10 anos atrás.
Inicialmente era um festival dedicado exclusivamente à música electrónica, mas depressa se alargou para um público mais vasto, da mesma forma que o próprio festival se espalhou um pouco por todo o mundo, tendo já um spot em alguns países como a Argentina, Turquia e Polónia.
Criatividade, Independência, Natureza, Comunidade, Limites e Experiência são os conceitos que estiveram na base para a criação do Creamfields Lisboa 2007."

NASCEU!

Nasceu um dos dois bebés mais aguardados de sempre por mim!
Parabéns à mamã Sandra e ao papá Nuno.
Bem-vindo a este mundo Gonçalo! E do que depender de mim vais ter miminhos até te fartares :)
Ai estou numa excitação!

Medo de falhar

- "Não achas que já estamos numa idade em que não podemos falhar?" - Perguntou ele.
A interrogação saiu assim, como quem procura uma resposta infalível ou nos coloca à frente um espelho de aumento na tentativa de nos fazer ver o que só os olhos dos outros conseguem ver.
Mas o que é falhar?
É viver a vida dia após dia?
É abrir o coração de par em par e deixá-lo sair livre?
É saber que podemos cair e partir a cara no chão, mas que é a aprender a levantar-nos que nos tornamos mais fortes?
É ter medo de deixar o chão e arriscar voar intensamente, sabendo que nascemos com asas?
É ter a certeza que há coisas que não se procuram, que não se podem agarrar e prender, mas que se escolhem?
É abraçar a imperfeição numa situação ou pessoa?
Quanto a mim, falhar, é saber que eterno pode ser algo que dura uma fracção de segundo e não aproveitar o segundo.

Go Tiger!

O relógio marca o tempo descompassado pela ansiedade,
parece que não há maneira do momento chegar e se resolver de vez.
É um jogo de paciência e auto-domínio.

Mas o Capitão Jack Sparrow sabe que a calma
e a confiança são tudo o que precisa para vencer.

E que o trevo de 4 folhas o vai acompanhar sempre,
qualquer que seja o caminho que seguir.

WISH YOU...

Noticia choque: Mourinho tem um cão... e parece gostar dele!

Mas o que se passa com as notícias? Aliás...Mas o que se passa com as pessoas?
Mourinho tem um cão. O cão saiu do País sem vacina. As autoridades foram a casa dele. Ele não deixou levar o cão... e pronto: Notícia de abertura hoje.
Perguntei-me o que é que isto interessaria às pessoas.
Mas dei por mim a imaginar a onda de protestos contra e a favor, as manifestações de apreço pelo homem que afinal até tem coração, os rios de tinta sobre os factos e as especulações nos jornais, os jornalistas, quais agentes secretos a arriscar tudo para tirar fotos ao pequeno Yorkshire Terrier e ter o “furo” das suas vidas... Pelo amor de Deus... Get a life!

Hoje estou assim

Com visões...
A precisar de ir de...
...e ainda falta tanto!!!

Thank you

Having "business friends" is something greatful for me. Specially if you deal with people who travel the world and carry in the luggage so many stories and different worlds to discover.
The most amazing of all is when you realize that they still remeber you.
I'll always rember the days passed at the racetrack, the enthusiasm, the team as a family.
Thank you Mathias and Violetta for coming over and for being so amazing.
Please come with time to visit one of this days.

Hummm...hoje já é sexta-feira!

Hummm... tão bom tão bom tão bom!
E não se esqueçam de ir ao Mundo Mix http://mundomixpt.sapo.pt/, um projecto de divulgação de novos talentos que decorre no Castelo de S.Jorge dias 12 e 13 de Maio, das 14h às 22h e onde a minha amiga Claúdia vai ter uma tenda de artesanato, com acessórios feitos por ela. A visitar!

Bom fim de semana. Um beijo.

Folk Songs Trio

Passei o segurança com alívio. Tinha passado com um ihihh silencioso por menor de 30 anos (afinal os bilhetes custavam mais 10€ para maiores de 30).
Entrei e sentei-me nas cadeiras do auditório da Culturgest. Sabia apenas que era um projecto que combina improviso e sons captados em cinco cidades portuguesas e que o estilo seria entre o free jazz, o hip hop e a música tradicional. No fundo não sabia bem o que esperar, mas a foto do trio dava ares de ser um bom programa para uma quinta à noite.
Fez-se silêncio e entrou William Parker que nos deu um show de contrabaixo desconcertante como que num despertar suave para o que estava para vir. Seguiram-se os outros dois músicos, Guillermo Brown na mesa de mistura (onde o elemento mais forte eram os sons que fazia com a própria voz) enquanto Victor Gama rodava impressionantemente os seus dedos entre extravagantes instrumentos construídos por si próprio.
Na parede de trás eram projectadas imagens de Lisboa e de outras cidades portuguesas, imagens de rua, de tascas, de pessoas genuínas. Fotografias fortes mas com um travo triste do fado da alma lusitana. Achei confuso unir as fotos ao som, já que não acompanhavam a cadência emocional das fotografias. Fechei os olhos por uns segundos, as imagens que o som me evocava eram distintas daquelas e mais longínquas, exóticas até.
Um arrepio percorreu-me a pele ao sentir que aqueles músicos tocavam por prazer, com entrega, como se fizessem amor com aquele instrumento, sentindo-o reagir a cada toque.
E no final, mesmo sendo um show refinado, o meu ouvido educado pela música comercial anuiu que aquilo era mesmo bom.

Este projecto conta ainda com um site www.cincocidades.com, “onde o utilizador pode compor a sua própria música, combinando sons que estão numa base de dados, como o toque de sinos de uma igreja em Torres Vedras, o chilrear dos pássaros à beira do Tejo, o ambiente de uma tasca de bifanas no Porto ou o som de um workshop de jazz em Braga”.

Hoje estou assim

Se há coisa que me deixa intimidada é o elogio público. Aquela sensação de quando no meio de um grupo alguém aponta para nós e fica tudo a olhar-nos como se fossemos objecto de estudo. De repente assaltam-nos duvidas inibidoras e podemos sentir-nos a encolher até desaparecermos no chão como um gaz etéreo.
Cresci sendo-me exigido fazer as coisas o melhor possível, sem recompensas de qualquer género porque o melhor possível era minha obrigação. Hoje o meu departamento foi elogiado internacionalmente pelo excelente desempenho em comparação com todos os outros Países europeus, e em que o cerne da questão foi um evento que organizei. Isto já por si é mau, porque se é bom sermos elogiados, é mau ser em detrimento de outrem. Mas o “pior” estava para vir quando o Administrador fez chegar a toda a gente o mail que nos “reconhecia” como os “Reis da Picada”. Exagerado quanto baste mas já estava. Zás trás. Choveram palavras de incentivo de alguns colegas e eu se tivesse um buraquito metia-me lá até à poeira assentar. É que se há muito boa gente que diz parabéns de coração, há muitos outros que pensam “...” entre dentes.
Estou a trabalhar nisso de ter uma confiança à prova de bala e não dar grande importância à opinião dos outros, mas nem sempre é linear. E quando já conseguimos olhar com complacência e desinteresse quem nos possa criticar, puxam-nos o tapete com elogios!

Tecnologia...

Eu... que achava que era avessa às novas tecnologias e afins e defendia que estavamos a perder a nossa sensibilidade social, rendi-me à ideia dos telefones PDA e em breve vou ter um que "só não tira cafés", de resto faz tudo.
Mas já não sei se não dei "um passo maior que a perna"... O que significa afinal "Full connectivity with Tri-Band UMTS, Quad-Band EDGE, Bluetooth and Wi-Fi"? Ai ai...

Fins de dia

Há fins de dia assim... cheios de encontros, de pele e alma expostas
Em que as palavras que bebemos nos deixam com mais sede
E os silêncios pulsam com vida.
Há fins de dia em que a areia joga às escondidas com os pés
Em que um coração não chega para abarcar um mar de emoções
E o cair da noite é mais ardente que o sol flamejante.
Há dias em que ficamos cativos de um até já,
pedaço de mau caminho escrito no sorriso.
Há fins de dia assim... perfeitos.

Back to school

Ontem voltei à faculdade.
Estou a fazer um curso livre de gestão de projectos até ao final de Junho.
Foi estranho regressar após 8 anos.
O espaço conserva os mesmos cheiros e os corredores labirinticos e vazios.
Dei-me conta que não senti muito a sua falta, talvez por não ter vivido a vida académica como uma estudante convencional.
Quanto ao curso, deu para perceber que o professor gosta de se ouvir, mas a matéria parece interessante, sobretudo em termos de empreendedorismo.
Vou ter que sair mais cedo quatro dias por semana e trocar um apetecível fim de tarde por uma sala de aula, mas acho que vai valer a pena.

Distância próxima

Ontem foi dia da mãe.
Nunca fui muito apegada aos meus pais,
mas ontem tive inveja dos que têm a mãe por perto
e puderam oferecer-lhe um beijo na bochecha,
enquanto ela se debateria, lutando para não ficar muito emocionada.
Almoçei pensando no que ela gostaria de ter feito se ali estivesse
e sorri ao pensar nas escolhas erradas como prenda.
Chamam-lhe intuição de mãe... sem saber de nada, ligou-me,
dizendo-me que gostaria de ter almoçado comigo... exactamente como eu tinha visto no filme que passava em frente dos meus olhos vagos colados no vazio
e foi então que percebi, que ela estava mesmo ali, escondida no meu coração.
És trapézio sem rede.
Tu. Marca de água na ponta dos meus dedos.
Batida acelarada, teimosa, atrevida e invertebrada.
Como posso dar-me sem conhecer, compreender e aceitar os termos do teu amor?
Cercas-me. Contorcidos em laços e nós soltos no ar.
Tenho ganas de rever esse olhar cheio de novos universos.
Recordarás os traços que me compõem o rosto?
Escorreste pela minha pele no sentido inverso, até ao centro de mim.
Aí começaste a fazer ninho.
Quanto tempo vais ficar?
1 dia? 1 mês? 1 ano? 1 vida?
Cala-te. Quero descobrir sem me contares o fim.

Bom fim de semana

Um beijo de fim de semana...
E lembrem-se do Dia da Mãe no domingo.

E se de repente tivessemos um concerto rarissimo gratuitamente?

Aqui fica algo que nos faz pensar. Foi feita uma experiência no metro de Washington, colocando um dos melhores músicos do mundo a tocar violino em hora de ponta, de forma anónima. A maior parte das pessoas simplesmente ignorou o apelo dos sentidos desconhecendo o facto de uma certa elite pagar quantias exorbitantes para o ouvir. As crianças eram as únicas que, desintoxicadas de todos os pensamentos diários e preocupações, se sentiam irremediavelmente atraídas pelos sons que enchiam o átrio.
Esta experiência, mais do que fazer entender a falta de cultura musical de um povo, mostrou que tudo é uma questão de contexto/valorização e constata a forma rápida como vivemos. http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/04/04/AR2007040401721.html?hpid=artslot

Frase do Dia

Pode chover lá fora, mas o importante é fazer sol cá dentro!

300

Este fim de semana prolongado fui ver o 300.
“O filme conta a história (real mas aqui fantasiada) da Batalha das Termópilas, no ano 480 a.C. Focando o lado espartano, a trama acompanha o rei Leónidas e o seu grupo de 300 homens que defendem a sua terra contra o exército persa do deus-rei Xerxes. A batalha tornou-se heróica pelos números que envolvem os dois exércitos: enquanto os espartanos contavam apenas com três centenas, os persas combatiam com milhares." (in Cine Players)
Dirigido por Zack Snyder (um nome a reter), 300 é um dos filmes mais sensuais que já vi.
Vibrante, fatal e arrebatador, com figuras bizarras, musculados homens bravos e personagens vigorosas e apaixonadamente hipnotizadas pela honra da guerra.
Mesmo durante a ceifa de corpos, tudo é destreza, altivez, união e sangue (muito sangue) na alucinante batalha non stop, mas é quase como se estivessemos a ver um bom jogo de futebol em que todas as formas de aniquilar o inimigo são inebriantes descargas de adrenalina.
A banda sonora mistura rock e épicos (um “must have”!), a fotografia é esplendorosa e a experiência sensorial é tão marcante que saí do cinema a desejar ser uma espartana.
Numa palavra: brutal.